O secretário-geral da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder) disse esta quinta-feira que o seu partido está preparado para “ganhar tudo” nas eleições gerais no país, marcadas para 9 de outubro de 2024.

“A Frelimo começou a preparar a vitória das eleições de 2024 quando terminaram as eleições de 2019, então estamos preparados e sempre que entramos numa eleição entramos para ganhar tudo”, disse à comunicação social Roque Silva, à margem de um evento público em Inhambane, no sul de Moçambique.

Segundo Roque Silva, é desejo da Frelimo vencer as eleições e ocupar todos os 250 assentos da Assembleia da República de Moçambique, para “dar continuidade a agenda e sem algumas atitudes arruaceiras” que têm ocorrido no parlamento.

“Situações como as que aconteceram no dia do informe do chefe de Estado à nação só nos tiram o orgulho de podermos ser um país que possa servir de exemplo e vamos trabalhar para isso e acreditamos que há condições bastantes”, disse o secretário-geral da Frelimo.

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A bancada parlamentar da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), principal força de oposição, vaiou e interrompeu momentaneamente, no dia 20, o discurso do chefe de Estado moçambicano durante o informe anual sobre o Estado da nação no parlamento, em protesto contra uma alegada “megafraude” nas eleições autárquicas de 11 de outubro.

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, convocou, em 7 de agosto último, as próximas eleições gerais, incluindo as sétimas presidenciais, para 09 de outubro de 2024.

As eleições gerais do próximo ano em Moçambique vão custar aos cofres do Estado cerca de 6.500 milhões de meticais (96,3 milhões de euros), conforme dotação inscrita pelo Governo na proposta do Orçamento do Estado para 2024.

As próximas eleições presidenciais, legislativas, para as Assembleias Provinciais e para governador de província vão assim realizar-se simultaneamente, em todo o território nacional da República de Moçambique e num único dia.

A marcação da data das eleições resultou de proposta da Comissão Nacional de Eleições (CNE) e depois de ouvido o Conselho de Estado.

Filipe Nyusi, também líder da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo, no poder), é Presidente da República desde 15 de janeiro de 2015, tendo sido reconduzido ao segundo e último mandato, por imperativo de lei.

Moçambique entrou este ano num novo ciclo eleitoral, com eleições autárquicas em 65 municípios realizadas em 11 de outubro, cujos resultados validados pelo Conselho Constitucional, fortemente contestado pela oposição, deram vitória a Frelimo em 56 municípios, com a Renamo a vencer quatro e o Movimento Democrático de Moçambique um, tendo sido repetida a votação nos restantes devido a irregularidades.