Após uma reviravolta no discurso político, o Governo decidiu manter a isenção de IRS que se tem aplicado ao salário mínimo. Este valor subiu 60 euros no 1.º dia do ano, para os 820 euros, sendo que quem ganha este valor não terá de fazer retenção na fonte. Para quem já ganhava este valor no ano passado, o ganho pode chegar aos 27 euros (no caso dos solteiros sem filhos) ou será nulo para, por exemplo, casados (dois titulares) com dois filhos (porque no final de 2023, na prática, já não faziam retenção), segundo as simulações das consultoras EY e PwC feitas a pedido do Observador.

Alívio do IRS vai ser sentido já no salário de janeiro. Publicadas tabelas de retenção na fonte

O Governo publicou na semana passada as novas tabelas de retenção na fonte, permitindo que o prometido alívio fiscal se sinta já nos salários de janeiro. Para um salário de 1.000 euros, o “ganho” pode oscilar entre os seis e os 13 euros, dependendo do cenário analisado. E para um salário de 1.333,35 euros (a nova primeira posição remuneratória da carreira de técnico superior da função pública) varia entre os 22 e os 29 euros.

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Nas simulações da EY, o rendimento líquido mensal reflete apenas o efeito da retenção na fonte, não contemplando as contribuições sociais. O valor da retenção está arredondado para a unidade de euros inferior.

Veja as simulações da EY:

Trabalho dependente, solteiro, sem filhos

Trabalho dependente, solteiro, um filho

Trabalho dependente, casado, dois titulares, dois filhos

Trabalho dependente, casado, dois titulares, um filho

Veja as simulações da PwC:

Trabalho dependente, solteiro, sem filhos

Trabalho dependente, solteiro, um filho

Trabalho dependente, casado, dois titulares, dois filhos

Trabalho dependente, casado, dois titulares, um filho

O Governo também fez as suas próprias simulações, que pode ver aqui.