O congresso decorre entre 18 e 21 de janeiro, no cinema São Jorge, em Lisboa, com um pré-congresso a decorrer entre 15 e 17 janeiro, no mesmo espaço, aberto à sociedade civil.

“Tem de haver um antes e um depois deste congresso”, o jornalismo “chegou a um estado de exaustão e a seguir a este período só nos resta renascer”, pelo que além de fazer o “diagnóstico do estado” do setor, vai-se tentar “encontrar soluções em conjunto para o futuro do jornalismo em Portugal”, afirmou Pedro Coelho.

Esta é uma “discussão que temos de enfrentar olhos nos olhos e, a partir do congresso, creio que com os jornalistas todos, com as diversas camadas de jornalismo – é uma profissão com gerações, salários, plataformas e interesses muito diversos – vamos tentar encontrar soluções para o futuro”, reforçou.

E as soluções passam por saber “como é que se financia um jornalismo livre num país com as características de Portugal nos 50 anos do 25 de Abril”, salientou.

O pré-congresso, que antecede o evento, será “muito centrado nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril”, em que serão homenageados os jornalistas que trabalharam no tempo da ditadura e que fizeram a fronteira entre a ditadura e a liberdade.

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São três dias abertos à sociedade civil, onde poderá ser vista uma exposição com a curadoria de Mário Cruz, numa homenagem aos repórteres fotográficos.

O congresso arranca às 18:00 do dia 18 de janeiro com várias intervenções, incluída a do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

“Na sequência da situação da Global Media Group [GMG] vamos fazer um extra – que não estava previsto – com depoimentos de elementos dos conselhos de redação dos orgãos” daquele grupo “e também de outras entidades que a Comissão Executiva [do congresso] considera estarem em situação de vulnerabilidade”, adiantou Pedro Coelho.

O acesso à profissão, a precariedade, as novas fronteiras do jornalismo – onde se inclui as novas abordagens tecnológicas como a inteligência artificial, entre outras – o jornalismo de proximidade e o financiamento do jornalismo são alguns dos temas dos painéis em discussão neste congresso.

“Vamos ter a abrir cada um dos painéis depoimentos de jornalistas precários”, revelou Pedro Coelho, um tema que é “uma preocupação do congresso”.

O último dia do congresso termina com o painel sobre as novas fronteiras do jornalismo e a sessão de encerramento conta com uma homenagem aos jornalistas que morreram entre 2017 e 2024 e terá depois uma homenagem específica ao Mário Mesquita e ao João Mesquita, antigo presidente do sindicato.