O Ministério Público do Equador informou no domingo que abriu uma investigação sobre a alegada fuga da prisão de José Adolfo Macías Salazar, o cabecilha de um dos principais grupos de crime organizado do país.
“A Procuradoria-Geral abriu — oficialmente — uma investigação sobre a suposta evasão do preso Adolfo M. V., conhecido como ‘Fito’ — líder do grupo criminoso Los Choneros — da Penitenciária do Litoral”, disse o MP, na rede social X.
#AHORA | #Guayas: #FiscalíaEc abrió –de oficio– una investigación por la presunta #evasión del privado de libertad Adolfo M. V., alias "Fito" –líder de la agrupación delictiva "Los Choneros"–, de la Penitenciaría del Litoral. Se practican las primeras diligencias. pic.twitter.com/y4EwxQnPdk
— Fiscalía Ecuador (@FiscaliaEcuador) January 8, 2024
O Presidente do Equador, Daniel Noboa, convocou uma reunião de urgência do Conselho de Estado e Segurança Pública para a noite de domingo.
‘Fito’ é alegadamente o líder dos Los Choneros, considerado pelas autoridades equatorianas um dos maiores grupos criminosos do país, com alegadas ligações a cartéis mexicanos.
A administração prisional do Equador não confirmou a fuga de ‘Fito’, divulgada na X pelo antigo ministro do Interior José Serrano, e limitou-se a indicar que vai divulgar resultados e informações recolhidas após o fim de uma operação em curso na prisão
Sem citar fontes, Serrano disse que a cela do líder dos Los Choneros “foi encontrada impecavelmente ‘limpa’, houve tempo para ’embalar’ todos os pertences do criminoso, incluindo relógios, armas, uísque, telemóveis, um computador (…) levou tudo, tudo, porque disse que não ia voltar”.
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A la celda o “suite” en la que se “alojaba” Fito, la encontraron impecablemente “limpia”, hubo tiempo para “empacar” todos las pertenencias del criminal, incluido los relojes, las armas, el whisky, los celulares, la laptop.. todo se llevó todo, porque dijo que ya no… https://t.co/4adrl3qHn5
— José Serrano Salgado (@ppsesa) January 7, 2024
O grupo Los Choneros surgiu nos anos de 1990 em Chone, cidade da província costeira de Manabí, e progressivamente ganhou força nas rotas do tráfico de drogas, particularmente no trânsito de cocaína da Colômbia para ser posteriormente transportada por via marítima para a América do Norte.
De acordo com relatórios policiais, o grupo dedica-se atualmente ao tráfico de droga, extorsão, assassínios e tráfico de armas, entre outros crimes, e estão em conflito com os grupos rivais Los Lobos e Los Tiguerones, incluindo no interior das prisões.