O líder da Coreia do Norte voltou a visitar esta semana fábricas de lançadores de mísseis balísticos e descreveu o Sul como o “principal inimigo” e o “Estado mais hostil”, informou esta quarta-feira a agência de notícias oficial norte-coreana KCNA.
A visita a fábricas de lançadores móveis de mísseis balísticos de curto alcance, na segunda e terças-feiras, é a segunda divulgada pelos meios de comunicação social do regime na última semana, após notícias de que a 5 de janeiro Kim visitou uma fábrica de lançadores de mísseis intercontinentais em Pyongsong, fora da capital, Pyongyang.
Kim Jong-un visita fábrica de plataformas para lançar mísseis de longo alcance
Mais uma vez, Kim fez-se acompanhar nas visitas por Jo Chun-ryong, líder do Departamento Industrial de Munições, e pela irmã Kim Yo-jong, vice-diretora do Departamento de Propaganda.
Segundo a agência de notícias KCNA, estiveram também presentes duas outras figuras-chave do programa de armamento norte-coreano, bem como o ministro da Defesa, Kang Sun-nam.
Embora “tenha enumerado algumas deficiências registadas nos últimos tempos no trabalho de organização da produção de armas”, Kim disse estar satisfeito com o desempenho.
O líder norte-coreano também transmitiu aos trabalhadores que chegou o momento de “definir a República da Coreia”, nome oficial do Sul.
“Há quase 80 anos, (a Coreia do Sul) persegue o pior confronto para derrubar o nosso poder e o nosso regime, como o Estado mais hostil em relação à República Popular Democrática da Coreia”, o nome oficial do Norte, notou Kim.
“A quadrilha da República da Coreia é o nosso principal inimigo”, acrescentou o responsável, afirmando que Pyongyang não deve iniciar um conflito unilateralmente. Ao mesmo tempo, “não há intenção de evitar uma guerra”, considerou.
No final de um plenário do partido único, no final de dezembro, o líder norte-coreano afirmou que a reconciliação e a reunificação com o Sul são impossíveis.
Na semana passada, Pyongyang realizou exercícios de artilharia em torno da fronteira marítima ocidental com o Sul durante três dias, depois de ter anunciado, em novembro, a suspensão do acordo militar bilateral de 2018 que, entre outras coisas, proibia exercícios de fogo real nessas áreas.