O “histórico” socialista e atual membro do Conselho de Estado, Manuel Alegre, vai ser presidente honorário do PS na sequência de uma proposta do secretário-geral, Pedro Nuno Santos, e do presidente deste partido, Carlos César.

A proposta do líder e do presidente do PS vai ser votada no sábado, em Coimbra, na primeira reunião da Comissão Nacional, após o recente congresso nacional deste partido, que se realizou na Feira Internacional de Lisboa.

No seu longo percurso político, o escritor e poeta Manuel Alegre, que se destacou na luta contra o regime do Estado Novo, entrou para o PS em 1974, foi secretário de Estado de Mário Soares, deputado em várias legislaturas e candidato presidencial nas eleições de 2006 e 2011, em que perdeu diante de Aníbal Cavaco Silva.

Antes de Manuel Alegre, o PS teve como presidente honorário António de Almeida Santos, antigo ministro de Mário Soares e presidente da Assembleia da República entre 1995 e 2002.

Na recente corrida à sucessão de António Costa no cargo de secretário-geral do PS, Manuel Alegre apoiou a candidatura vencedora de Pedro Nuno Santos.

No plano político, sobretudo desde o início da década de 90, Manuel Alegre defendeu que o PS deveria ter entendimentos preferenciais com as forças políticas à sua esquerda.

Após as eleições legislativas de 2015, apoiou que o então secretário-geral do PS, António Costa, formasse o Governo socialista minoritário da “Geringonça”, suportado no parlamento pelo Bloco de Esquerda, PCP e PEV.

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