Kfir Bibas completa esta quinta-feira um ano de vida e é um dos reféns que permanecem retidos pelo Hamas. Tal como o bebé, também o irmão Ariel, de quatro anos, e os pais Shiri e Yarden foram raptados a 7 de outubro do kibbutz Nir Oz e continuam retidos em Gaza.

Um primo da mãe do bebé diz que é “o aniversário mais triste do mundo”, conta o Times of Israel. O jornal acrescenta que a família alargada do aniversariante e apoiantes vão reunir-se na Praça dos Reféns, em Telavive, pelas 15h00 locais. Vão também juntar-se a eles figuras do entretenimento infantil israelitas com o objetivo de chamar a atenção para o trauma do rapto da criança.

Familiares do bebé e artistas juntaram-se para criar uma música e gravar um vídeo que é lançado neste primeiro aniversário da criança. A canção chama-se “They call me Gingi”, sendo “gingi” a palavra em hebraico para ruivo, a cor do cabelo de Kfir Bibas. O vídeo foi publicado no Youtube e começa com imagens do momento do rapto da família, mostrando a mãe agarrada aos dois filhos. O pai, Yarden Bibas, foi levado pelo Hamas à parte e atingido na cabeça.

Segundo também mostra o jornal israelita, a comunidade do kibbutz onde vivia a família organizou uma típica festa de aniversário infantil, em tons de laranja, em homenagem ao bebé.

O Presidente de Israel falou durante a manhã desta quinta-feira no Fórum Económico Mundial em Davos, apelando a um trabalho conjunto para a libertação dos reféns israelitas ainda detidos pelo Hamas e lembrou Kfir Bibas, do qual manteve uma fotografia ao seu lado durante a intervenção. Isaac Herzog lembrou também que a pessoa refém do Hamas com mais idade tem 85 anos.

Cerca de 240 pessoas foram feitas reféns a 7 de outubro, mas muitas foram já entretanto libertadas durante um cessar fogo de dias em novembro. Segundo Times of Israel, nenhum membro da família do pequeno Kfir foi libertado e, na altura, o Hamas afirmou que a mãe e os dois filhos estavam retidos por outro grupo terrorista, depois disseram ainda que os três tinham morrido vítimas de ataque aéreo israelita.

Uma refém que foi libertada depois de ter estado cerca de 50 dias presa pelo Hamas, contou que estava com  o pai do bebé quando os terroristas lhe disseram que a mulher e os dois filhos tinham morrido. Também o mandaram gravar um vídeo no qual deveria culpar o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, por recusar que os corpos fossem levados para Israel, conta o jornal. As Forças de Defesa Israelitas disseram que as afirmações do Hamas não foram confirmadas e classificou a atitude como “terror psicológico”.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR