O presidente da Sofid — uma instituição de crédito detida maioritariamente pelo Estado português — apresentou a demissão. Os três novos administradores, que vêm do Banco Português de Fomento (BPF), já estão escolhidos mas os seus nomes ainda não foram aprovados pela Cresap nem pelo Banco de Portugal, pelo que a nomeação ainda não ocorreu. A Sofid fica, assim, em gestão corrente, segundo avança o Eco esta quinta-feira.
O presidente demissionário é António Rebelo de Sousa, irmão do Presidente da República, estava à frente da empresa há 14 anos e em fim de mandato há dois anos. Deverá sair a 31 de janeiro.
Os três novos administradores já estão escolhidos, mas ainda aguardam aval da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (Cresap), que tem de dar autorização. Isto significa que a entidade ficará em gestão corrente, o que permite aos diretores fazer despesas correntes, mas não novas operações de crédito. O Banco de Portugal também tem de dar luz verde, mas o pedido de avaliação ainda não terá chegado ao regulador.
Em dezembro, o Governo anunciou que a equipa executiva do Banco de fomento iria integrar temporariamente, no máximo até 30 de junho de 2025, a administração da Sofid para construir um plano estratégico que avalie como poderá ser feita a já decidida integração da instituição no Banco Português de Fomento — por exemplo, se a entidade ficará como autónoma no grupo do BPF ou se será integrada através de uma fusão.