Agora que se aproxima o fim do ciclo de vida do Chiron, o hiperdesportivo da Bugatti vê finalmente chegar a hora de introduzir um roadster, tradicionalmente uma das suas versões mais apetecidas. Denominado W16 Mistral, o modelo tem nome de vento, pois é exactamente isso que o condutor vai sentir se tiver a ousadia de o conduzir à velocidade máxima que, à semelhança dos Chiron coupés com carroçaria fechada, está limitada a “só” 420 km/h.
O exuberante roadster foi agora apresentado, mas a fila para o adquirir não deverá ser muito avantajada, uma vez que o construtor limitou conscientemente a produção a 99 unidades. A receita habitual da marca é controlar a produção para elevar ainda mais o preço da “bomba”, sendo que esta exige um investimento de 5 milhões de euros antes de impostos, o dobro de um Chiron “normal”. Se está interessado, é bom que saiba que todas unidades já estão vendidas, com os orgulhosos proprietários a poderem sentar-se ao volante ainda no início deste ano.
A animar o W16 Mistral está, como não podia deixar de ser, o mítico motor com 16 cilindros em W e 8 litros de cilindrada, que recorre a quatro turbocompressores para atingir 1600 cv, mais 100 cv do que o Chiron. E para que o roadster continue a exibir um comportamento exemplar, a marca viu-se obrigada a reforçar o chassi para compensar a ausência de tejadilho, o que levou também à adopção de uma espécie de rollbar colocado atrás dos dois bancos, que simultaneamente protege os ocupantes em caso de capotamento.
E porque o W16 Mistral é veloz, mas não tanto que consiga evitar os pingos de chuva, a Bugatti dotou-o com uma protecção de emergência. E por solução de emergência a marca entende algo que se leva a bordo, apenas para utilizar caso o condutor seja surpreendido por um dilúvio e, idealmente, com o carro parado.