As exportações de mercadorias dos países de língua portuguesa para a China atingiram 147,5 mil milhões de dólares (136,1 mil milhões de euros) no ano passado, num novo máximo histórico, de acordo com dados oficiais.

Este é o valor mais elevado desde que o Fórum Permanente para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa (Fórum Macau) começou a apresentar este tipo de dados dos Serviços de Alfândega da China, em 2013.

As exportações aumentaram 6,2% em comparação com 2022, sobretudo devido ao maior fornecedor lusófono do mercado chinês, o Brasil, cujas vendas subiram 11,9%, para 122,4 mil milhões de dólares (112,9 mil milhões de euros), um novo máximo histórico.

Pelo contrário, as exportações de Angola caíram 18,7% para 18,9 mil milhões de dólares (17,4 mil milhões de euros), e as vendas de mercadorias de Portugal para a China decresceram 4,1% para 2,91 mil milhões de dólares (2,69 mil milhões de euros).

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A maioria dos países de língua portuguesa exportou menos para o mercado chinês, incluindo a Guiné Equatorial (menos 9,4%), Timor-Leste (menos 48,7%), São Tomé e Príncipe (menos 53,8%) e Guiné-Bissau (menos 40,2%).

Além do Brasil, só Moçambique e Cabo Verde conseguiram vender mais à China.

As exportações moçambicanas aumentaram 33,9% para 1,79 mil milhões de dólares (1,65 mil milhões de euros), também um novo recorde máximo, enquanto as vendas cabo-verdianas mais que triplicaram, embora apenas para um valor de 72 mil dólares (66 mil euros).

Na direção oposta, os países lusófonos importaram mercadorias no valor de 73,4 mil milhões de dólares (67,7 mil milhões de euros) da China, menos 3,5% do que em 2022.

O Brasil foi o maior parceiro comercial chinês no bloco lusófono, com importações a atingirem 59,1 mil milhões de dólares (54,5 mil milhões de euros), seguido de Portugal, que comprou à China mercadorias no valor de 5,79 mil milhões de dólares (5,34 mil milhões de euros).

Ao todo, as trocas comerciais entre os países de língua portuguesa e a China atingiram 220,9 mil milhões de dólares em 2023 (203,7 mil milhões de euros), mais 2,8% do que no ano anterior.

A China registou um défice comercial de 74,1 mil milhões de dólares (68,3 mil milhões de euros) com o bloco lusófono no ano passado, também um novo recorde histórico.