Uma bomba nunca vem só. Depois de Jürgen Klopp ter surpreendido o mundo inteiro ao anunciar que vai deixar o Liverpool no final da época, também Xavi revelou este sábado que vai sair do comando técnico do Barcelona em junho. O treinador espanhol confirmou a decisão na conferência de imprensa após a derrota contra o Villarreal — num jogo em que os catalães começaram a perder, deram a volta e permitiram dois golos nos descontos.

“Tenho conversado sobre isso com o presidente e, como culé, acho que o clube precisa de uma mudança de dinâmica. O melhor é sair no dia 30 de junho. Dito isto, darei o meu melhor nos restantes quatro meses. Não quero ser um problema. A solução é deixar de ser o treinador. Disse ontem que estou cá há dois anos e meio, já disse que é hora de valorizar o meu trabalho. É hora de mudar a dinâmica”, começou por dizer, garantindo que não está no Barcelona por questões financeiras e descrevendo a derrota com o Villarreal como “a mais cruel” desde que está no cargo.

“Sinto-me o mais responsável. Acho que foi feito um trabalho muito bom, mas o nosso projeto deve terminar a 30 de junho. Acho que isso vai libertar os jogadores e aliviar a situação geral no clube. Tenho a decisão tomada há vários dias. Fui a solução há dois anos e três meses, mas agora, pensando com o coração e pensando no clube, o melhor é que eu saia. Agradeço a confiança”, acrescentou.

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Xavi chegou ao comando técnico do Barcelona em novembro de 2021, para substituir Ronald Koeman e depois de ter orientado o Al Sadd do Qatar, e conquistou um Campeonato e uma Supertaça de Espanha. Os catalães estão atualmente no terceiro lugar da liga espanhola, a oito pontos do Girona e a 10 da liderança do Real Madrid, e estão ainda na Liga dos Campeões, onde vão defrontar o Nápoles nos oitavos de final.

Este sábado, na Catalunha, a equipa de Xavi começou a perder com o Villarreal com golos de Gerard Moreno e Ilias Akhomach, mas deu a volta em pouco mais de 10 minutos e por intermédio de Gündoğan, Pedri e um autogolo de Eric Bailly. Gonçalo Guedes empatou, na estreia a marcar no regresso a Espanha, e o xeque-mate de Sørloth e José Luis Morales já bem dentro dos descontos motivou a quinta derrota do Barcelona nos últimos 12 jogos.