O ministro da Administração Interna mandou abrir um “inquérito urgente” aos acontecimentos deste sábado que levaram ao adiamento do jogo de futebol Famalicão-Sporting, por falta de elementos da polícia para garantirem a segurança do evento. Já depois de o primeiro-ministro ter dito, durante a tarde, que responderia aos polícias quando recebesse a carta que a plataforma que junta PSP e GNR enviou a São Bento, o Expresso citou fonte oficial de São Bento a falar em “insubordinação gravíssima”. Pouco depois disso, o Ministério da Administração Interna agiu através de um comunicado.

Este domingo de manhã, o ministro José Luís Carneiro vai reunir-se com os responsáveis máximos da PSP e GNR, consta no comunicado onde o MAI fez saber do inquérito que será instaurado pela Inspeção Geral da Administração Interna (IGAI) aos acontecimentos de Famalicão, “em especial dos que se reportam a generalizadas e súbitas baixas médicas apresentadas por polícias” — foi a situação que fez com que os polícias destacados não comparecessem no jogo .

Esperas, violência e acusações. Tudo menos futebol: o que se passou nas duas horas e meia de um Famalicão-Sporting que não começou

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No comunicado divulgado pelo Ministério esta noite consta também que a IGAI vai também fazer um inquérito às declarações de um responsável sindical relativas à atividade da PSP no dia das eleições legislativas, por poder estar em causa o transporte de urnas de votos, que é feito pela polícia. À CNN Portugal, o presidente do Sindicato Nacional da Polícia (SINAPOL) admitiu que “poderá haver falta de polícias” para assegurar as eleições legislativas de 10 de março.

Sindicato Nacional da Polícia admite que “poderá haver falta de polícias” para eleições legislativas

Este sábado, a plataforma que congrega sindicatos e associações das forças de segurança anunciou que tinha escrito ao primeiro-ministro sobre a “situação limite” dos profissionais que representa, alertando para um eventual “extremar posições” perante a “ausência de resposta” do Governo às reivindicações que têm sido feitas nas últimas semanas. Os protestos das forças de segurança têm sido intensos e agravaram-se depois do pagamento com retroativos do suplemento de missão à PJ, provocando uma situação que a PSP e a PJ têm classificado de “desigual”.

Esta tarde, o gabinete do primeiro-ministro fez saber através da Lusa que Costa não tinha recebido “a carta referida no comunicado” da plataforma. “Quando a carta chegar, merecerá a devida análise e a resposta do primeiro-ministro”,  referia ainda o mesmo gabinete.

Primeiro-ministro irá responder quando receber carta da plataforma das polícias