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As condições atmosféricas adversas continuam a assolar a Califórnia, sabendo-se agora que pelo menos cinco pessoas morreram na sequência de centenas de deslizamentos de terra e de lama. Aquela região está a ser devastada, nos últimos dias, por uma poderosa tempestade atmosférica, com chuvas torrenciais e fortes rajadas de vento.

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Até ao momento estão confirmadas cinco mortes, quatro delas registadas no norte do Estado e relacionadas com quedas de árvores. A outra morte surgiu no sul e terá acontecido quando um homem tentava atravessar o canal do rio Tijuana.

De acordo com a Fox, o sul da Califórnia, incluindo a região de Los Angeles, foi das zonas mais fustigadas pela intempérie. O governador da Califórnia, o democrata Gavin Newsom, declarou no domingo o estado de emergência em oito condados do sul do território, devido à tempestade de inverno que previsivelmente atingirá recordes de chuva e neve.

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Mais de 14 milhões de pessoas em alerta na Califórnia devido a “chuvas catastróficas”

Entre domingo e segunda-feira, Los Angeles registou mais de 18 centímetros de chuva, num número que se perfila como o terceiro maior registado em apenas dois dias. A cidade de Los Angeles recebe, em média, 14,25 centímetros de chuva por ano, indica a Fox.

Para além da forte chuva, foram registados 307 deslizamentos de terra e lama em Los Angeles, informou o Corpo de Bombeiros daquela região. A estimativa é de que cerca de 257 árvores caíram total ou parcialmente por causa da força da chuva e quase 160 buracos abertos nas estradas. Pelo menos 35 edifícios precisam de ser inspecionados para garantir que estão em condições, ao passo que pelo menos cinco foram dados como inseguros e sete sofreram danos relevantes.

Vamos enviar ajuda assim que vocês a requisitarem”, disse o Presidente Joe Biden, durante uma conferência de imprensa em Los Angeles com a mayor Karen Bass, que colocou o telemóvel junto ao microfone. “Basta dizerem. É por isso que estou a telefonar”, garantiu o presidente.

Biden falou com o governador do estado, Gavin Newsom, e disse que a agência que responde a emergências, FEMA (Federal Emergency Management Agency) estava posicionada para dar assistência à Califórnia.

A zona abastada de Bel Air foi a mais fustigada, seguida de Woodland Hills, Van Nuys, Calabasas e baixa de Los Angeles. Vários troços de autoestradas foram interrompidos, incluindo a SR-33 nos dois sentidos e parte da Pacific Coast Highway, enquanto o aeroporto de Santa Barbara esteve encerrou devido a inundação.

Nos Hollywood Hills, detritos e deslizamentos cobriram mansões e foi necessária assistência por risco de desmoronamento numa casa em Hacienda Heights. A cidade de Los Angeles contabilizou pelo menos 307 deslizamentos e 159 aluimentos de estradas. Sete mil residentes continuavam sem eletricidade na terça-feira.

O superintendente do distrito escolar de Los Angeles (LAUSD), o luso-descendente Alberto Carvalho, decidiu manter as escolas abertas com exceção de duas — a Vinedale College Preparatory Academy e a Topanga Elementary Charter School.

Considerando o facto de que os nossos estudantes dependem da nutrição oferecida na escola, tomámos a decisão de manter as nossas escolas abertas”, disse Carvalho aos jornalistas. Na terça-feira, o superintendente informou que 63% dos estudantes compareceram às aulas na segunda-feira, apesar da expectativa de ainda maior absentismo devido à tempestade.

No distrito escolar Santa Monica-Malibu, que é separado do LAUSD, as escolas foram encerradas.

Na noite de segunda-feira, Karen Bass, presidente da Câmara de Los Angeles, afirmou aos jornalistas que os “socorristas têm respondido ativamente à tempestade histórica” e garantiu que “a cidade entrou em ação para proteger os habitantes mais vulneráveis”.