Cinquenta e cinco anos depois de o primeiro Mini Clubman ter saído da linha de montagem em 1969, a última carrinha da Mini abandonou a fábrica britânica de Oxford. De acordo com o que já tinha avançado o Grupo BMW, dono da Mini desde 2007, a decisão de descontinuar este modelo deveu-se à reduzida procura por parte dos clientes, mais virados para os SUV e crossovers.
Depois de produzir 1,1 milhões de unidades, sensivelmente 50% durante o período em que a marca estava integrada na British Motors Corporation e posteriormente na sua sucessora British Leyland, e outro tanto após ter sido adquirida pela BMW, a Mini desiste do Clubman. A carrinha junta-se assim a outros “defuntos” modelos da Mini, que recentemente tinha liquidado o Roadster (produzido apenas de 2012 a 2015), o Coupé (2012-2015) e o Paceman (2013-2016).
A marca britânica pretende tapar o buraco deixado pela morte do Clubman nas linhas de produção das fábricas inglesas de Oxford e Swindon com a mais recente geração do Countryman e com o novo Aceman. Este último é a mais recente aposta da Mini, um modelo que se assume como um Countryman mais curto (40 cm), mais estreito (9 cm) e mais baixo (17 cm), sendo exclusivamente eléctrico.
Apesar de exibir a insígnia de uma marca britânica pertencente a um grupo alemão, o Aceman começará a ser fabricado na China, para explorar os menores custos de produção, embora estes sejam conseguidos à custa de preocupações ambientais muito menos exigentes, especialmente se comparadas com as práticas europeias. A produção do Aceman arrancará já em 2024 em Zhangjiagang, numa fábrica da chinesa Great Wall Motors. Em 2028, quando a fábrica de Oxford estiver transformada para poder acolher a fabricação de veículos eléctricos, a confirmar-se, o Aceman poderá ser igualmente produzido no Reino Unido.
Novo Mini Countryman (a combustão ou eléctrico) assenta na base do BMW X1
Ao contrário do Countryman eléctrico, que monta baterias com uma capacidade de 66,5 kWh brutos e 64,7 kWh úteis, o Aceman tem instalada uma bateria mais pequena, com 54,2/49,2 kWh, precisamente a mesma que monta o Cooper SE, mais pequeno, menos volumoso e mais leve, e que apenas reivindica uma autonomia de 402 km, o que permite antecipar para o Aceman um valor ligeiramente acima dos 350 km entre recargas, abaixo das expectativas para muitos clientes.