O príncipe Harry chegou esta sexta-feira a acordo com o Mirror Group Newspapers (MGN) depois de uma batalha legal na qual processava o grupo que detém o tablóide Daily Mirror por colocar escutas no seu telemóvel privado. O duque de Sussex vai abandonar o processo e receber um pagamento de 400 mil libras (cerca de 468 mil euros).

Em dezembro, o Supremo Tribunal de Londres condenou o MGN a pagar uma indemnização de 140.600 libras (perto de 164 mil euros) a Harry, por se ter provado que vários dos seus jornais “hackearam extensivamente” o telefone privado do filho mais novo de Carlos III entre 2003 e 2009, com a intenção de produzir notícias.

Tribunal condena grupo do Daily Mirror a pagar indemnização de 164 mil euros por “hackear” telefone de Harry

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Na altura, o juiz Timothy Fancourt determinou que o ex-CEO do Mirror, Sly Bailey, estava informado sobre as escutas, mas optou por “fechar os olhos”, de acordo com a BBC. Dos 115 artigos da queixa, apenas 33 foram apresentados como provas em tribunal, e Fancourt determinou que 15 foram “resultado de escutas do telemóvel ou de outra forma ilegal de obtenção de informações”.

No entanto, esta sexta-feira, o advogado de Harry, David Sherborne, confirmou, durante uma audiência em Londres, que as duas partes chegaram a acordo e que a MGN vai pagar ao duque de Sussex uma indemnização e “todos os custos da sua ação, incluindo os custos individuais e comuns”, citou a BBC.

De acordo com o The Guardian, um porta-voz da MGN afirmou: “Estamos satisfeitos por termos chegado a este acordo, que dá à nossa empresa mais clareza para avançar em relação a acontecimentos que tiveram lugar há muitos anos e pelos quais pedimos desculpa”.