O Banco Central da Rússia manteve esta sexta-feira a taxa de juro em 16,0%, apontando que as pressões inflacionistas, apesar de altas, abrandaram face aos meses de outono.
Em comunicado publicado esta sexta-feira pelo Banco Central da Rússia no seu portal, o regulador regista que a sua política monetária está “focada em solidificar o processo de desinflação em curso na economia nacional”.
O banco central russo antecipa ainda que a inflação no país deverá atingir o objetivo este ano e estabilizar perto dos 4,0% “se as condições monetárias apertadas se mantiverem na economia por um longo período”.
“De acordo com as previsões do Banco da Rússia e tendo em conta a orientação da política monetária, a inflação anual diminuirá para 4,0% a 4,5% em 2024 e estabilizará perto dos 4,0% mais tarde”, aponta.
De acordo com os dados do Banco Central Russo, no final de dezembro, a inflação homóloga no país foi de 7,4%, tendo a inflação média sido de 5,9%.
A manutenção da taxa de juro nos 16% surge depois de cinco subidas em 2023 — a maior das quais, de 8,5% para 12,0%, foi adotada numa reunião de emergência em 15 de agosto, devido à forte desvalorização do rublo.
O Banco Central da Rússia acrescentou que a economia do país cresceu a um ritmo anual de 3,6% em 2023, “ultrapassando a anterior previsão” do banco central.
“Dadas as crescentes pressões inflacionistas, isto significa que a procura interna continua a ultrapassar consideravelmente as capacidades de expansão da produção de bens e serviços”, apontou.
A previsão a médio prazo do Banco Central da Rússia estabelece ainda que o PIB russo deverá crescer entre 0,5% e 1,5% em 2024 e 2025 e entre 1,5% e 2,5% em 2026.
Já a taxa de juro principal, depois de uma média de 9,9% em 2023, deverá oscilar entre 13,5% e 15,5% em 2024, 8,0% e 10,0% em 2025 e 6,0% e 7,0% em 2026.