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O incêndio que começou durante a tarde desta quinta-feira, pelas 17h30, em Valência, Espanha, destruiu por completo um edifício de 14 andares, composto por duas torres. Naqueles 138 apartamentos, viviam cerca de 500 pessoas e as chamas foram dominadas ao final da noite, quando todas as pessoas tinha sido já realojadas em hotéis. Inicialmente, foram identificados 10 mortos, quatro eram da mesma família (pai, mãe, um menino de dois anos e uma bebé com 15 dias).

Depois, a Polícia Científica espanhola disse que já não existiam pessoas desaparecidas e descartou a possibilidade de existirem mais vítimas mortais. Porém, horas mais tarde, as autoridades espanholas reviram em baixa o número de vítimas para nove (em vez de 10) e, segundo o ABC, confirmaram que, afinal, ainda existia uma pessoa desaparecida.

Na quinta-feira, depois de o incêndio deflagrar, os bombeiros conseguiram resgatar quatro pessoas — duas mulheres que estavam presas numa varanda e um pai e uma filha que estavam presos na varanda de outro apartamento. Segundo o El País, para conseguir resgatar as duas mulheres foi necessário lançar água durante cerca de meia hora, para garantir que conseguiam sair em segurança, através de uma grua.

O terceiro balanço sobre o número de feridos, feito pelas autoridades de Valência durante a manhã desta sexta-feira, apontava para 15 feridos, sete deles bombeiros, a maioria por inalação de fumo. Dos seis feridos que ficaram internados no hospital, devido a queimaduras e outras fraturas, quatro já tiveram alta.

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Valência está a passar por um momento muito triste”, disse a presidente da câmara María José Catalá aproveitando para agradecer aos bombeiros o trabalho e a solidariedade dos residentes locais.

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À medida que o incêndio foi ficando controlado, as autoridades começaram a falar com os moradores do prédio, para tentar perceber se alguém ficou no interior. Ainda não foi avançada a possível causa do incêndio. Sabe-se apenas que terá começado no quarto andar do prédio — informação que foi avançada pelo dispositivo de emergência espanhol e que é, aliás, também possível retirar pelos primeiros vídeos divulgados, que mostram o início do incêndio. De acordo com o jornal Las Províncias, de Valência, o prédio foi construído em 2005, com recurso a poliuretano, que é um material altamente inflamável.

A proteção civil espanhola pediu de imediato à população para não se aproximar da zona, por segurança e para não dificultar os trabalhos, e foram montados dois hospitais de campanha, que foram desmontados ao final da noite, depois de todos os feridos terem sido encaminhados para o hospital. A Cruz Vermelha também organizou uma equipa para dar apoio.

Notícia atualizada às 00h15 de 24 de fevereiro de 2024 com indicação de que, afinal, ainda há uma pessoa desaparecida