O Presidente brasileiro, Lula da Silva, defendeu, esta sexta-feira, perante vários líderes regionais, o fim do bloqueio económico a Cuba e ainda a soberania da Argentina nas Malvinas.

“Defender o fim do bloqueio a Cuba e a soberania argentina nas Malvinas interessa a todos nós”, frisou o chefe de Estado brasileiro, no discurso na sessão plenária da Cimeira de Chefes de Estado e de Governo da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), que se realiza em São Vicente e Granadinas.

“Todas as formas de sanções unilaterais, sem amparo no Direito Internacional, são contraproducentes e penalizam os mais vulneráveis”, acrescentou, referindo-se ao embargo dos Estados Unidos sobre Cuba, em vigor desde 1962 e às ilhas Malvinas, território no centro de um conflito de soberania entre o Reino Unido e a Argentina.

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Na sua opinião, a região deve ser um exemplo de construção da paz, “num mundo em que tantos conflitos vitimam milhares de inocentes, sobretudo mulheres e crianças”.

Segundo o Presidente brasileiro, os países membros da CELAC devem decidir “se querem integrar-se no mundo unidos ou separados” e garantiu que, se o fizerem como região, terão “muito mais possibilidades de influenciar” a comunidade internacional.

Entre os presidentes que participam na reunião encontram-se os da Bolívia, Luis Arce, da Colômbia, Gustavo Petro, de Cuba, Miguel Díaz-Canel, da Venezuela, Nicolás Maduro, e das Honduras, Xiomara Castro, que assumirá a presidência temporária da organização nesta cimeira.

Também estão presentes vários líderes das Caraíbas e, entre os ausentes, destacam-se quase todos os líderes do arco ideológico da direita, como o argentino Javier Milei, o salvadorenho Nayib Bukele, o equatoriano Daniel Noboa, o paraguaio Santiago Peña e o uruguaio Luis Lacalle Pou.

No entanto, também há ausências na esquerda, como o mexicano Andrés Manuel López Obrador, o chileno Gabriel Boric e o nicaraguense Daniel Ortega.