Mulheres que furtavam ouro e dinheiro em residências, num total estimado em dezenas de milhares de euros, enquanto faziam limpezas domésticas, foram constituídas arguidas, informou esta sexta-feira o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP.

Em comunicado, a PSP informou que, através da Divisão de Investigação Criminal, desencadeou na quinta-feira uma operação policial denominada “Limpeza Dourada”, para cumprimento de mandados de busca e apreensão.

A investigação tinha como foco um grupo de mulheres que se dedicava a furtos de ouro em residências, enquanto realizavam as limpezas domésticas“, lê-se na nota, acrescentando que, após várias semanas de investigação e dos testemunhos dos lesados, conclui-se pelo “furto de um conjunto de peças de ouro avaliado em 32.000 euros e ainda 15.000 euros em notas” nas diversas residências.

No âmbito da operação, “em várias zonas do distrito de Lisboa”, foram apreendidas “dezenas de peças em ouro e prata provenientes das residências nas quais, o grupo de suspeitas, procedia às limpezas”.

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“As suspeitas tinham a sua ação bem definida e coordenada, furtando as peças de ourivesaria e vendendo-as depois onde lucravam milhares de euros”, avançou a PSP.

Das buscas resultou ainda “a apreensão de 3.500 euros em notas do BCE [Banco Central Europeu] e equipamentos informáticos, possivelmente comprados no mercado de recetadores”, refere-se na nota.

Segundo o Comando Metropolitano da PSP, as suspeitas “viram a atividade criminosa interrompida” e foram “constituídas arguidas”, e a “investigação continua os seus trâmites com vista à devolução do ouro e restituição aos legítimos proprietários”.

A Lusa contactou o Cometlis da PSP, mas não foi possível até ao momento obter esclarecimentos adicionais sobre as zonas de atuação do grupo e quantas pessoas foram constituídas arguidas.