A produção de energia renovável abasteceu 88% do consumo de energia elétrica em fevereiro, mês em que o consumo de eletricidade aumentou 0,1% em termos homólogos, segundo dados da REN divulgados na sexta-feira.
De acordo com a REN – Redes Energéticas Nacionais a produção de energia não renovável foi responsável pelo abastecimento de 10%, tendo os restantes 2% sido abastecidos com recurso a energia importada.
Energia limpa pode representar até 85% da produção global de eletricidade até 2050
A REN indica ainda que em fevereiro se registaram novos valores máximos nas potências entregues à rede nas três tecnologias, com as hidroelétricas a atingirem uma potência máxima de 6.906 Megawatts (MW) em 28 de fevereiro, as eólicas 5.019 MW em 29 de fevereiro, e as fotovoltaicas 1.919 MW no dia 19 desse mês.
Desde o início do ano, o índice de produtibilidade hidroelétrica situa-se em 1,21, o de produtibilidade eólica em 1,03 e o de produtibilidade solar em 0,89, segundo a mesma informação.
Os dados da REN referem também que no computo do ano, a produção renovável abasteceu 84% do consumo, com a hidroelétrica a representar 44%, a eólica 30% e a biomassa e a fotovoltaica, com 5% ambas. Por seu lado, a produção a gás natural abasteceu 12% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi responsável pelos restantes 4%.
A subida homóloga do consumo de energia elétrica registada em fevereiro é de 1,9% se corrigida da temperatura e do número de dias, já que o mês teve mais um dia este ano. Nos dois primeiros meses do ano, registou-se uma subida de 0,9%, ou de 2,4% com correção da temperatura e dias úteis.
Relativamente ao mercado de gás natural, a tendência de redução dos consumos que tinha sido interrompida em janeiro, voltou a observar-se em fevereiro, com uma contração global homóloga de 27%, “condicionada pelo comportamento do segmento de produção de energia elétrica, que apresentou uma redução de 73%, devido à elevada disponibilidade de energia renovável”.
Ainda assim, refere, o segmento convencional voltou a registar uma evolução homóloga positiva de 16%, o que foi essencialmente devido ao segmento dos grandes consumidores.