Uma sósia de Kate Moss, dois Beatles na primeira fila, o pé partido de Victoria Beckham e a subida nas vendas de canadianas pretas, a etiqueta no look de Kim Kardashian, e o tributo de Georgina Rodriguez a Cristiano no desfile de Vetements. Para lá dos fait divers e momentos para o tik tok, ficamos com as modas — que nem sempre aliás puderam chegar às redes, banidas por exemplo em The Row.

Com a entrada em cena das propostas para o próximo outono-inverno, o destaque vai para uma fornada de casacos que disputam acesso ao guarda-roupa (e antecipam o que chegará às lojas mais por diante). Curtos ou longos, impermeáveis ou felpudos, clássicos ou dramáticos, em tons neutros, padrão animal ou encarnado — um dos tons que dá o mote para a primavera e promete seguir a bom ritmo meses fora — há soluções para todos os gostos. Depois de Nova Iorque, Londres, Milão, eis Paris a encerrar a corrente de principais semanas da Moda, e a servir de inspiração para a fotogaleria em cima.

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O denim na Chanel © Getty Images

Na Chanel, Virginie Viard viajou pelos arquivos da maison, situou-se em Deauville em 1913 e  apadrinhou o encontro entre tweed e denim, trazendo ainda as abas largas em tons pastéis (e com pregadeiras) para a linha da frente. O xadrez havia já reaparecido na Dior, que vagueia entre o denim, o animal print e a inscrição Miss Dior em grande formato sobre várias peças. E a ganga voltou a brilhar em Schiaparelli, pela mão de Daniel Roseberry.

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Natalia Vodianova em Stella McCartney © Getty Images

Com Stella McCartney, será difícil passar despercebido com a dupla de casacos de grande impacto, como o modelo Yeti que Natalia Vodianova desfilou — se preferir ainda mais anonimato, conte com as balaclavas, que parecem não sair da lista de tendências. As franjas pontuaram algumas das sugestões, detalhe que se estendeu a Valentino, onde imperou o preto. Já Yohji Yamamoto elevou os níveis de complexidade criativa e transformou a Câmara Municipal de Paris numa pequena corte de aristocratas punks.

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A estreia de Chemena Kamali na Chloé trouxe a Chloé Girl de volta, os anos 70, o espírito boho, e ainda bons sinais nos casacos, a começar pelos trench com o twist da capa ou os teatrais casacos de pelo, que surgiram também em Givenchy e McQueen e prometem instalar-se em peso. Nesta última, capitaneada pelo diretor criativo Seán McGirr, admite-se a dúvida: é um casaco ou uma monumental camisola? Pouco importa a resposta certa porque o propósito será o mesmo: gerar calor e statement.

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Entre a pele e transparências fluídas da Chloé © Getty Images

Sem grandes coelhos saídos da cartola, a Sacai serviu o seu habitual minimal desportivo que não dispensa pormenores alternativos. Victoria Beckham deixou os braços a descoberto e protegeu os pescoços com golas afuniladas, entre maxi blazers, casacos curtos com pelo, cabedal, denim e canadianas (agora não para se movimentar mas para vestir). Para a Hermès, Nadège Vanhée cruzou um paleta marcadamente outonal com um toque de pistacho, para uma pitada de luxo com o timbre certo, nem silencioso nem demasiado ruidoso.

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A atriz britânica Kristin Scott Thomas em Miu Miu © Getty Images

A maratona de apresentações terminou esta terça-feira com Louis Vuitton, e Miu Miu. Miuccia Prada fez desfilar as atrizes Ángela Molina e Kristin Scott Thomas, duas veteranas em registos diferentes.