Acompanhe aqui as última notícias sobre o conflito israelo-palestiniano

Os ataques contínuos têm impedido que a ajuda humanitária chegue a Gaza pelas vias terrestres e, por isso, os Estados Unidos anunciaram que será construído um porto temporário flutuante para que essa ajuda — sobretudo refeições, água e medicamentos — possa chegar aos milhares de palestinianos que precisam. No entanto, avança o Washington Post, a construção deste porto flutuante deverá demorar dois meses.

O cais será construído ao largo da costa de Gaza e, depois da sua conclusão, poderão entrar por ali cerca de dois milhões de refeições todos os dias, segundo a descrição feita pelo governo norte-americano esta sexta-feira.

Exército e agência de serviços secretos interna de Israel aprovam planos para continuar guerra em Gaza

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A intenção de construir este porto foi anunciada por Joe Biden, Presidente dos Estados Unidos, enquanto falava no discurso do Estado da União, esta quinta-feira. No total, serão necessários mais de 1.000 soldados para construir a plataforma, mas as forças militares norte-americanas defendem que esta opção é mais segura do que a via terrestre.

Os norte-americanos explicam que um porto na costa de Gaza é mais seguro e mais rápido do que os restantes portos já existentes. Por exemplo, alguma ajuda humanitária tem chegado através do porto de El Arish, no Egito, é transportada para camiões, que têm depois de passar por um posto de controlo israelita. Depois dessa inspeção, as caixas têm de ser transferidas para outros camiões e só depois seguem para Gaza.

Ainda assim, as mercadorias que vão chegar ao novo porto terão de ser também inspecionadas pelas tropas israelitas, anunciou o governo norte-americano.

Apesar do anúncio de novas opções, a agência da ONU para os Refugiados Palestinianos (UNRWA) disse esta semana que “a melhor maneira para conseguir ajuda para a Faixa de Gaza é usar as travessias já existentes”. Esta organização defendeu na quarta-feira que o transporte via marítima não é a melhor opção e que as travessias já existentes, por terra, são “mais rápidas, mais seguras e mais económicas” do que a solução via marítima.