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Nas legislativas de domingo foram eleitos 11 presidentes de câmaras municipais que tinham suspendido o mandato para serem candidatos e que agora, caso aceitem serem deputados, ocuparão oito lugares na bancada do PSD e três na do PS.

Foram eleitos pela coligação Aliança Democrática (que juntou PSD, CDS-PP e PPM) os autarcas de Santa Maria da Feira, Ovar e Vagos (distrito de Aveiro), Bragança e Moncorvo (Bragança) e de Valpaços e Vila Pouca de Aguiar (Vila Real), além do de Câmara de Lobos (Madeira), que se candidatou pelo PSD/CDS-PP.

Pelo PS foram eleitos deputados os presidentes das câmaras de Vendas Novas (Évora), Nazaré (Leiria) e Arruda dos Vinhos (Lisboa).

Por Aveiro, a coligação Aliança Democrática (AD) elegeu sete deputados, o mesmo número que em 2022, entre os quais três autarcas experientes: Emídio Sousa, três mandatos com maioria absoluta na Câmara de Santa Maria da Feira, e que encabeçou a lista, Salvador Malheiro, ex-vice-presidente do PSD de Rui Rio e presidente da Câmara de Ovar, que era o quarto candidato, e Silvério Regalado, presidente da Câmara Municipal de Vagos e que estava no segundo lugar.

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Hernâni Dias era presidente da Câmara de Bragança até encabeçar a lista às legislativas de domingo pela AD e foi eleito, tal como o ‘número dois’ Nuno Gonçalves, que era presidente de Torre de Moncorvo.

Nas últimas legislativas, em 2022, o PSD apenas elegeu um dos três deputados por Bragança, mas nas eleições anteriores tinha conseguido eleger dois.

Em Vila Real, onde o PSD tinha conseguido dois deputados em 2022, há mais dois presidentes eleitos pela AD no domingo.

Tratam-se de Amílcar Almeida, que deixou a presidência da Câmara de Valpaços para ser o primeiro da lista, e Alberto Machado, que deixou a Câmara de Vila Pouca de Aguiar para concorrer por este círculo.

Na Madeira, PSD e CDS-PP concorreram numa coligação sem o PPM e elegeram três deputados, entre os quais o cabeça de lista, Pedro Coelho, que deixou a Câmara Municipal de Câmara de Lobos, onde estava desde 2013, sempre com maioria absoluta.

O socialista Luís Dias deixou a presidência da Câmara de Vendas Novas para encabeçar a lista do PS por Évora, e foi o único eleito socialista por este círculo, onde o PS tinha conquistado dois deputados em 2022.

Walter Chicharro, que presidia à Nazaré, interrompeu o mandato para ser o terceiro na lista do PS por Leiria e foi o último socialista eleito no domingo por este círculo, onde em 2022 foram eleitos cinco deputados pelo partido.

Já o presidente da Câmara de Arruda dos Vinhos, André Rijo, era o 15.º candidato socialista a Lisboa e foi o último a ser eleito num círculo onde o PS em 2022 alcançou 21 deputados.

Não foram eleitos outros quatro presidentes de câmara candidatos pela AD, dois pelo PS e um pelo JPP que também tinham suspendido os mandatos, tal como estipula a lei.

A lei obriga à suspensão dos mandatos dos presidentes e vice-presidentes de câmara para serem candidatos, mas permite o regresso ao cargo após as eleições.

Em Castelo Branco, Ricardo Aires retomou esta segunda-feira o cargo de presidente em Vila de Rei, depois de ter sido o terceiro na lista da AD, num distrito onde a coligação apenas elegeu um deputado.

Podem também regressar aos cargos como autarcas os presidentes das câmaras de Sernancelhe, Carlos Silva Santiago, e de Vouzela, Rui Ladeira, que ocuparam o quarto e o quinto lugar, respetivamente, na lista da AD a Viseu, distrito onde a coligação elegeu três deputados.

Em Portalegre, a AD também não elegeu o cabeça de lista, o advogado Rogério Silva, que suspendeu o cargo como presidente da Câmara de Fronteira para ser candidato no distrito que elege menos deputados, apenas dois, lugares que no domingo ficaram para o PS e para o Chega.

Armando Mouriscos suspendeu o mandato como presidente da Câmara de Cinfães para ser o quinto candidato na lista socialista a Viseu, distrito onde o PS elegeu quatro deputados em 2022 e no domingo apenas três.

O presidente da Câmara de Macedo de Cavaleiros, Benjamim Rodrigues, era o número dois do PS por Bragança e não foi eleito num círculo onde os socialistas apenas garantiram um deputado.

O fundador do Juntos Pelo Povo (JPP), Filipe Sousa, presidente da Câmara Municipal de Santa Cruz, suspendeu o cargo para ser candidato do partido a deputado, mas não foi eleito e pode regressar à autarquia.

À exceção de Benjamim Rodrigues, a meio do segundo mandato, todos estes autarcas, eleitos e não eleitos, estavam a meio do terceiro mandato consecutivo e, portanto, impedidos de se recandidatarem outra vez ao cargo na mesma autarquia.

Além de presidentes também integraram as listas vereadores ou autarcas com outros cargos nos municípios, como o dirigente social-democrata Miguel Pinto Luz, que teve de suspender o mandato como vice-presidente de Cascais por fazer parte da lista da AD por Faro, onde foi um dos três deputados eleitos pela Aliança Democrática.

A Aliança Democrática venceu as eleições legislativas de domingo, com 29,49% dos votos e 79 deputados, contra os com 28,66% e 77 deputados alcançados pelo PS, quando ainda falta atribuir os quatro mandatos do círculo da emigração.

O Chega quadruplicou o número de deputados para 48, com 18,06% dos votos.

A IL conquistou oito deputados (5,08%), o BE manteve os cinco deputados (4,46%), a CDU diminuiu o número de deputados para quatro (3,3%).

O Livre vai formar pela primeira vez grupo parlamentar, tendo conseguido alcançar quatro deputados (3,26%), enquanto o PAN mantém-se com um deputado (1,93%).

O Presidente da República vai ouvir a partir de terça-feira e até dia 20 os partidos e coligações que obtiveram representação parlamentar nas eleições legislativas antecipadas de domingo, começando pelo PAN e terminando na AD.