O Banco de Investimento Global (BiG) será o único banco, pelo menos para já, que irá participar na venda de certificados de Aforro, o principal instrumento de poupança disponibilizado pelo Estado português. Este é o resultado de um processo que dura há mais de um ano, altura em que o Governo passou a permitir que outras instituições, além dos CTT (e do AforroNet, do IGCP), comercializassem certificados de aforro.
Em comunicado divulgado esta quinta-feira pelo Ministério das Finanças, lê-se que o BiG é apenas “a primeira instituição financeira” a juntar-se aos CTT, aos Espaços Cidadão e à plataforma digital do Estado (o AforroNet), gerida pelo IGCP (Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública). “Todas as instituições financeiras ou de pagamento inscritas no Banco de Portugal podem juntar-se à rede de distribuição, num modelo de adesão voluntário e aberto“, assinala o Ministério das Finanças, que não esclarece se já há outras instituições a negociar a partipação.
O BiG, um banco mais vocacionado para a poupança e investimento, é o único que irá participar. Uma colaboração que foi já contratualizada com o Estado: “o arranque deste novo canal piloto surge na sequência de um projeto desenvolvido com a EsPAP e do visto prévio do Tribunal de Contas sobre este contrato”, diz o Ministério das Finanças.
O Governo lançou em 2023 a possibilidade de alargar a rede de colocação dos produtos de aforro do Estado (que não se limitam aos certificados de aforro). O Tesouro português suspendeu no início de junho a subscrição da série E de certificados de aforro e lançou uma nova série, a F, com remuneração mais baixa e condições diferentes, o que contribuiu para arrefecer a “corrida” aos certificados que houve na primeira metade do ano passado.
Estado corta remuneração dos certificados de aforro, de 3,5% para 2,5%