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O Presidente do Egito, Abdelfattah al-Sisi, e o rei do Bahrein, Hamad bin Isa Al-Khalifa, defenderam esta quarta-feira uma solução de dois Estados para acabar com a guerra na Faixa de Gaza e o reconhecimento internacional da Palestina, bem como a sua inclusão como parceiro na ONU.

Numa conferência de imprensa conjunta na capital egípcia, Al-Sisi alertou para “a expansão do conflito e a entrada num círculo de violência” se a agressão mútua entre Israel e o Irão se espalhar e se retroalimentar, uma situação que descreveu como “muito perigosa”.

“Discuti possíveis soluções com o rei do Bahrein. Concordámos em intensificar e encorajar o desanuviamento e em optar por soluções diplomáticas em vez de militares, para abrir um caminho alternativo com esperança de desenvolvimento e bem-estar”, afirmou o Presidente egípcio na sua intervenção.

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O monarca do Bahrein recordou a “prioridade” de alcançar um cessar-fogo em Gaza e de acelerar a entrada de ajuda humanitária no enclave palestiniano, reiterando “a necessidade de aplicar uma via política para estabelecer os dois Estados e aceitar a Palestina como parceiro de pleno direito na ONU”.

A ordem de trabalhos da 33.ª Cimeira Árabe, que terá lugar no Bahrein em maio, inclui a execução de uma “política clara para desanuviar o Médio Oriente e garantir a segurança e a estabilidade regionais”.

“Estamos confiantes de que o resultado das nossas conversações será frutuoso (…) Reiteramos o apoio do Bahrein aos esforços do Egito para espalhar a paz e apoiar a estabilidade regional e global”, acrescentou Al-Khalifa.

Também esta quarta-feira, Al-Khalifa encontrou-se com o seu homólogo hachemita, Abdullah II, na cidade jordana de Al-Aqaba, onde sublinharam a importância da cimeira árabe, bem como a “necessidade urgente de a comunidade internacional, em especial o Conselho de Segurança da ONU, aplicar as resoluções do cessar-fogo imediato em Gaza“.

Os dois monarcas sublinharam a importância de proteger os civis e garantir a ajuda humanitária na Faixa de Gaza, rejeitando qualquer tentativa de prolongar a guerra, o ataque a Rafah ou a deslocação forçada de palestinianos, bem como a agressão contra os palestinianos na Cisjordânia, segundo o canal oficial de televisão jordano Al-Mamlaka.