A empresa Ocean Medical disse esta quarta-feira desconhecer qualquer investigação do Ministério Público sobre ligações de funcionários do Instituto Nacional de Emergência Médica a esta empresa de formação certificada pelo instituto.

A empresa diz ainda que não foi até esta quarta-feira contactada “por ninguém do Ministério Público ou do INEM sobre este assunto” e acrescenta que “nunca, desde a sua fundação em 2008, ministrou formação ou faturou qualquer serviço ao INEM”.

“Nenhum dos 30 trabalhadores da Ocean Medical exerce funções no INEM”, diz ainda a empresa.

Sobre os cerca de 690 prestadores de serviços (formadores, médicos, enfermeiros e técnicos de emergência) que regularmente fazem algumas horas de trabalho na Ocean Medical, a empresa refere que “é perfeitamente natural que trabalhem noutros locais, embora os critérios de escolha para as funções que exercem na empresa como formadores ou profissionais de saúde sejam as suas qualificações profissionais e certificações e não o seu vinculo laboral com terceiros”, informação que considera “irrelevante”.

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A existência de uma investigação no Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) de Lisboa sobre eventuais ligações de funcionários do INEM a esta empresa foi confirmada à Lusa pela Procuradoria-Geral da República.

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Segundo a informação disponibilizada no site da Ocean Medical, a empresa forma por ano mais de 6.000 pessoas e, atualmente, conta com mais de 200 instrutores.

A empresa é certificada pelo INEM para ministrar os cursos de Suporte Básico de Vida, Suporte Avançado de Vida e Tripulantes de Ambulância de Socorro.

Entre os vários outros cursos ministrados pela Ocean Medical estão, por exemplo, o de Suporte Avançado de Vida Pediátrico, Abordagem, Transporte e Segurança do Doente Crítico e Avaliação da Pessoa em Situação Crítica.