Begoña Gómez, mulher de Pedro Sánchez, presidente do governo de Espanha, está a ser investigada, por um tribunal de instrução, após denúncias de alegado tráfico de influências e corrupção, noticiou esta quarta-feira o jornal ABC. Em causa estará o alegado favorecimento de empresa em contratos públicos. Sánchez diz que continua a “acreditar na justiça”.
De acordo com a denúncia, divulgada pelos jornais espanhóis, Begoña Gómez terá assinado uma carta, enquanto co-diretora do Mestrado em Angariação de Fundos da Universidade Complutense de Madrid, a validar a mais-valia de uma empresa de Carlos Barrabés, num concurso público, que acabou por ganhar.
A queixa partiu, há alguns dias, do sindicato Manos Limpias, que representa os funcionários públicos e que já esteve na origem de outras denúncias, algumas das quais sem sucesso. O 41.º Tribunal de Instrução de Madrid recebeu a queixa e abriu o processo preliminar a 16 de abril. A investigação mantém-se em sigilo, enquanto são convocadas as testemunhas.
“Num dia como o de hoje, e apesar das notícias que ouvi, apesar de tudo, continuo a acreditar na justiça do meu país”, declarou Sánchez, quando questionado no parlamento por Gabriel Rufián, porta-voz do partido Esquerda Republicana da Catalunha, sobre o processo judicial aberto contra a sua mulher.
Texto editado por Alexandra Machado