O presidente da Câmara de Veneza, Luigi Brugnaro, estima que a aplicação de uma taxa turística, que entra hoje em vigor, vai permitir “diluir” as visitas à cidade, sublinhando que as pessoas entendem esta medida.
“Hoje vamos gastar mais dinheiro do que arrecadamos mas […] é uma forma de fazer com que as pessoas entendam que é precisou mudar e, portanto, diluir as visitas à cidade”, afirmou, citado em comunicado, o presidente da Câmara de Veneza, Luigi Brugnaro. O presidente da Câmara de Veneza referiu ainda que “as pessoas entendem” esta medida.
A cidade começou hoje a cobrar uma taxa diária aos seus visitantes, uma medida para combater o turismo de massa. Em causa está um imposto ‘online’ de cinco euros, aplicável aos turistas que se desloquem por apenas um dia à cidade.
A taxa vai abranger apenas um máximo de 30 dias em que o número de dias é tradicionalmente superior, como fins de semana com pontes na primavera e no verão.
Veneza, uma cidade insular fundada no século V, que se tornou uma grande potência marítima no século X, estende-se por 118 ilhotas, segundo a Unesco, tendo-se tornado Património da Humanidade em 1987. ‘La Serenissima’ é uma das cidades mais visitadas do mundo, com 100.000 turistas a pernoitarem em Veneza no pico do turismo, além de dezenas de milhares de visitantes diários.
Além do turismo de massa, Veneza e a sua lagoa sofrem com as marés altas que inundam regularmente a Praça de São Marcos e enfraquecem as fundações dos seus edifícios.