Há décadas que a BMW utiliza o “i” nos seus modelos, com a origem desta moda — transversal a outros construtores — a estar associada ao tipo de alimentação do combustível. Quando trocou a alimentação de gasolina por carburadores pela mais sofisticada e eficiente a injecção, o “i” passou a fazer parte da denominação dos modelos. E alguns foram muito emblemáticos, dos acessíveis 316i e 318i aos famosos 528i e 635i, que representaram a marca no mundo da competição. Acontece que, com a chegada dos veículos eléctricos, instalou-se uma certa confusão.

Os modelos a gasolina sempre usaram o “i” no fim, ao contrário dos modelos alimentados por bateria, que deslocaram a letra para o início, moda que começou com o i3 e que se manteve desde então. Mas o construtor germânico concluiu que esta lógica gera confusão e baralha os clientes, que acham que há ”i” a mais na gama.

De acordo com um executivo da BMW, em declarações ao BMWBlog, o construtor alemão decidiu deixar de utilizar o “i” nos modelos a gasolina, tanto mais que há muito que a marca que produziu o seu primeiro motor a injecção em 1972 (instalado no 732i e injecção Bosch Motronic) abandonou a fabricação de motores com carburadores. Mas a realidade é que vai parecer estranho ver um BMW a gasolina em que na traseira aparece apenas 320…

Segundo a mesma fonte e a título de exemplo, o próximo X3 — agendado ainda para este ano — vai montar o M50, um motor a gasolina similar, mas mais potente do que o 3.0 com seis cilindros em linha sobrealimentado com 360 cv da actual geração, denominado M40i. Segundo o vice-presidente da BMW, Bernd Köber, a marca pretende que o “i” passe a ser imediatamente associado à condução de um veículo 100% eléctrico.

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