A Ordem dos Médicos disse esta quinta-feira estar pronta para apoiar o Serviço Regional de Saúde dos Açores e elogiou a “enorme capacidade de resposta” dos profissionais após o incêndio no hospital de Ponta Delgada.

Em declarações à agência Lusa, após uma visita ao Centro de Saúde de Ponta Delgada, o bastonário da Ordem dos Médicos, Carlos Cortes, disse ser “importante criar uma rede de apoio” para ajudar o Serviço Regional de Saúde (SRS).

A Ordem dos Médicos tem recursos, a Ordem dos Médicos tem uma rede, a Ordem dos Médicos tem contactos. Tudo aquilo que poderemos oferecer será oferecido. Vim aqui apresentar todo o apoio da Ordem dos Médicos naquilo que for necessário”, afirmou Carlos Cortes.

O responsável pela Ordem dos Médicos, que vai ter uma reunião com o Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) na sexta-feira, elogiou a “capacidade de resposta” dos profissionais e considerou que as unidades de saúde da ilha foram “muito bem organizadas” após o incêndio no maior hospital do arquipélago, na ilha de São Miguel.

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“Fiquei agradavelmente surpreendido com a enorme capacidade de resposta que os profissionais de saúde tiveram, tal como o conselho de administração e o gabinete de crise que foi criado”, assinalou.

Carlos Cortes confessou estar “emocionado” com o exemplo do Centro de Saúde de Ponta Delgada, que, “não sendo um local para internar doentes”, conseguiu “organizar-se para dar conforto e humanização aos doentes”.

“Numa área de internamento mais ligada à cirurgia, os doentes tinham sido retirados das camas e colocados em frente às janelas para verem a luz do dia e o espaço exterior. Achei curioso no meio da crise as pessoas ainda se lembraram destas coisas, que podem parecer insignificantes, mas para as pessoas que estão fragilizadas são sinais de humanização”, reforçou.

Um incêndio, que deflagrou no hospital de Ponta Delgada pelas 9h40 locais de sábado (10h40 em Lisboa) e só foi declarado extinto às 16h11, obrigou à transferência de todos os doentes que estavam internados.

Na altura do incêndio estavam no estabelecimento de saúde 333 doentes e foi necessário proceder à transferência de 240.

O Governo dos Açores declarou no domingo a situação de calamidade pública devido ao incêndio para “acelerar procedimentos” que permitam normalizar num “curto espaço de tempo”, a atividade da maior unidade de saúde açoriana.

Não foi ainda divulgada uma contabilização dos estragos do fogo.