Vinte e seis migrantes guineenses morreram ao largo da costa do Senegal depois do seu barco ter afundado há alguns dias, disse esta sexta-feira o primeiro-ministro da Guiné-Conacri, Amadou Oury Bah, que falou de uma “hemorragia” migratória.
“Até agora, registámos oficialmente cerca de 26 mortes”, a maior parte de pessoas que partiram de Matam, uma das comunas que compõem a cidade de Conacri, disse.
Temos neste momento cerca de 3.000 dos nossos jovens à espera de serem repatriados no Níger, 1.200 na Argélia, 400 na República Árabe do Egipto, milhares em campos em Itália, para não falar dos que estão nos Estados Unidos, cujo número desconheço. É uma hemorragia para o nosso país“, acrescentou, referindo-se às múltiplas rotas seguidas pelos migrantes.
Os de Matam parecem ter escolhido a rota do Atlântico, que corre a oeste da costa africana e que deveria conduzir à Europa.
O naufrágio foi noticiado nas redes sociais nos últimos dias, mas as autoridades não tinham especificado o número de mortos.
"Tragédie en Guinée: 28 jeunes de Bonfi, Matam, perdent la vie dans le naufrage au large des côtes sénégalaises en tentant l'immigration vers l'Europe. Le Gouvernement exprime ses condoléances. #Guinée #Naufrage #Immigration"
— Actualité Brulante Guinée | Conakry (@GuineaToday) May 7, 2024
Os familiares dos desaparecidos, em declarações a um correspondente da AFP (Agence France-Presse) esta semana, situaram a data de partida no final de abril e a tragédia no início de maio.