A União Europeia de Radiodifusão justificou esta quinta-feira à Comissão Europeia a proibição da bandeira da União Europeia na edição deste ano do Festival Eurovisão da Canção com o “contexto político global sensível” e questões de segurança no recinto.
De acordo com uma carta endereçada pela União Europeia de Radiodifusão ao executivo comunitário, divulgada pelo vice-presidente Margaritis Schinas na rede social X, houve “certos desafios” na organização do festival que este ano se realizou na cidade de Malmö, na Suécia.
I appreciate the positive reply from @EBU_HQ regarding my concerns raised on the ban of the EU flag during the 2024 Eurovision Song Contest.
United by Music
United by our Flag ???????? #Eurovision pic.twitter.com/Bdh3Ldk7xL— Margaritis Schinas (@MargSchinas) May 16, 2024
“Gostaríamos de clarificar que nunca houve proibição da bandeira da União Europeia no Festival Eurovisão da Canção e isso foi visível nas edições anteriores“, advertiu o organismo audiovisual.
A utilização de bandeiras durante o festival, quase sempre pelas pessoas na plateia, é “baseada na abordagem positiva, uma lista inclusiva de bandeiras dos países participantes e também a bandeira arco-íris” (alusiva à comunidade LGBTQIA+).
“Na edição de 2024, por causa do contexto político global sensível e de riscos de segurança sérios no recinto, a lista de bandeiras permitidas, assim como outras políticas de segurança, foi aplicada de uma maneira mais restritiva”, completou a União Europeia de Radiodifusão.
“Queremos assegurar que nunca foi a nossa intenção desacreditar a bandeira da União Europeia como um símbolo importante da unidade e solidariedade europeia, e asseguramos-lhe que vamos fazer uma revisão da nossa política no próximo ano”, finalizou o diretor-geral, Noel Curran, que assina a missiva.
Margaritis Schinas comentou na rede social X que “apreciou a resposta positiva” por parte da União Europeia de Radiodifusão.