O chefe do Estado-Maior da Força Aérea, o general João Cartaxo Alves, aponta para a necessidade de comprar 27 caças “invisíveis” F-35, que os aliados da NATO também estão a adquirir, para substituir os 28 F-16, que já começam a ficar obsoletos. Essas aviões poderão custar 5 mil milhões de euros ao longo de 20 anos, um valor que, segundo o Expresso, equivale a todas as compras militares em Portugal nos próximos 12 anos.

A partir do momento em que o poder político aprovar a entrada da Força Aérea Portuguesa naquele que é considerado o programa de armamento mais caro do mundo, o “primeiro avião só chegará ao fim de oito ou dez anos”. Quando forem substituídos, os F-16 já terão mais de 40 anos, pelo que “deixam de ser relevantes”, defende o general João Cartaxo Alves.

Se ficar fora do programa, Portugal arrisca, segundo o chefe do Estado-Maior da Força Aérea, perder a soberania aérea: “Há uma questão essencial, que é a integridade e a defesa aérea do nosso país, a nossa soberania. Sem caças credíveis não existe”. No caso do país não conseguir garantir a nova geração de aviões “alguém tem de vir aqui” assegurar o policiamento aéreo.

É uma perda de soberania (…) e nós acompanhamos muitos aviões russos que sobrevoam as nossas águas, porque é o circuito da aviação russa de longo curso até à Venezuela.”

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