O cabeça de lista do Alternativa Democrática Nacional (ADN) às eleições regionais da Madeira, Miguel Pita, considerou esta quinta-feira que a região não está preparada para responder à ocorrência de tsunamis, sugerindo a aquisição de geradores em zonas altas.

Miguel Pita falava à agência Lusa a propósito de uma visita que o partido fez esta quinta-feira ao Serviço Regional de Proteção Civil, no Funchal, na sequência de um simulacro de resposta a um eventual tsunami, realizado na quarta-feira.

No entender do candidato do ADN às eleições regionais de domingo, “ficou evidente a falta de preparação” da Madeira “em situações desta natureza em termos de prevenção”, destacando as diversas construções feitas junto a ribeiras e a “instalações de produção de energia elétrica em zonas de alto risco de tsunamis”.

O cabeça de lista propôs, como forma de garantir energia elétrica em caso de catástrofe, “a aquisição de geradores em zonas um pouco mais altas”.

No Porto Santo, por exemplo, a reserva de alimentos está situada junto ao mar, assim como a única unidade de dessalinização de água, fundamental para o abastecimento de água potável, realçou.

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Miguel Pita referiu ainda que, em 2010, na aluvião de 20 de fevereiro, o presidente da Câmara do Funchal era Miguel Albuquerque (PSD) e “as ribeiras estavam naquele estado por alguma razão”.

O ADN foi o partido menos votado, em 13 candidaturas, nas últimas eleições regionais, tendo obtido 617 votos, o que correspondeu a 0,47% do total.

As legislativas de domingo na Madeira decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.