Chegar a Wembley é o sonho de qualquer futebolista. Jogar num dos monumentos do futebol mundial, para uma plateia de 90 mil espectadores, está num dos principais objetivos de qualquer profissional. E poder fazê-lo frente ao eterno rival e com um troféu em jogo, torna essa partida num autêntico jogo de vida ou de morte. Em que a única salvação possível é colocar a bola no interior da baliza adversária.
Foi nessa toada que Manchester City e Manchester United chegaram à final da Taça de Inglaterra, a competição mais antiga do mundo, pelo segundo ano consecutivo. De um lado um exemplo de vida. Do outro uma equipa que há muito tem uma morte anunciada. Do lado dos blues, é certo que a equipa de Pep Guardiola falhou a reconquista da Liga dos Campeões, mas sagrou-se tetracampeã nacional de forma inédita e conquistou o Mundial de Clubes e a Supertaça Europeia. Em sentido inverso, os red devils deixavam antever o pior – último lugar na fase de grupos da Champions, oitavo lugar na Premier League e eliminação na quarta ronda da Taça da Liga – e, numa altura em que se fala na saída de Ten Hag, conquistar um troféu parecia uma miragem.
“O Manchester United continua a ser o Manchester United. Claro que, na Premier League, fomos melhores do que eles, mais consistentes do que eles, mas este é apenas um jogo. Se a história nos dá a oportunidade de fazer algo sem precedentes, vamos tentar. Talvez seja uma motivação extra para os jogadores. Não falei com eles sobre isso especificamente. Só o facto de jogar pelo troféu é suficiente”, afirmou Guardiola aos jornalistas na véspera, garantindo que o objetivo passava pela conquista inédita da segunda dobradinha seguida.
“Estou apenas concentrado no trabalho que tenho de fazer. Em primeiro lugar, é preciso ganhar o jogo de sábado e, depois, estamos no projeto. Continuar com o projeto. Depois de cada época, é preciso fazer uma revisão e ver em que ponto do projeto se está e o que é preciso mudar. Falámos recentemente sobre isso. Há jogadores a evoluir e valores a subir. Temos uma grande oportunidade de ganhar um troféu. Nos últimos 10 anos, o clube não conquistou muitos, mas temos a oportunidade de ganhar dois em dois anos”, disse, por sua vez Ten Hag, que não desfez as dúvidas sobre a sua saída após a partida deste sábado.
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No que respeita às equipas iniciais, Guardiola lançou Ortega na baliza, no lugar do lesionado Ederson, e apostou em Bernardo Silva, relegando Rúben Dias para o banco de suplentes. Por sua vez, Ten Hag voltou a contar com Diogo Dalot e Bruno Fernandes, mas a grande novidade foi o regresso de Varane à titularidade. Em sentido inverso, Casemiro ficou fora da ficha de jogo por opção do técnico neerlandês, segundo noticiou a imprensa inglesa.
Com várias ilustres presenças nas bancadas de Wembley, entre eles Sir Alex Ferguson, o príncipe William e Fabrizio Romano, a partida começou a todo o gás, com Bruno Fernandes e Rashford a criarem perigo nos primeiros segundos, e Haaland a responder de pronto. A partir daí o jogo acalmou, com o City a dispor de mais bola e o United a apostar nas transições rápidas para surpreender o adversário. Num desses lances, Garnacho atirou para as mãos de Ortega (9′) e, na resposta, Foden rematou ao lado, após cruzamento de Bernardo (10′).
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Em cima do minuto 30, Diogo Dalot desferiu um grande passe para o ataque, Gvardiol atrapalhou-se com Ortega e colocou a bola em Garnacho que, só com a baliza pela frente, encostou para o golo inaugural. Os sky blues responderam por Bernardo, mas o remate do português acabou nas mãos de Onana (37′). A fechar o primeiro tempo, mais um passe vertical a apanhar a defesa do City desprevenida, desta feita de Rashford, Garnacho recebeu e colocou em Bruno Fernandes que, de primeira, assistiu Mainoo para o segundo golo.
Gvardiol a assistir Garnacho ????#sporttvportugal #TAÇAnasporttv #FACup #taçadeInglaterra #manchestercity #manchesterunited pic.twitter.com/Bzg2M7RmfE
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Na etapa complementar, os citizens entraram com Akanji e Doku nos lugares de Aké e Kovacic, com Guardiola a procurar agitar o ataque em busca do golo. E conseguiu. Com apenas 10 minutos decorridos na segunda parte, Haaland apareceu no jogo e desferiu um remate cruzado à trave da baliza de Onana. Pouco depois, Walker desferiu uma bomba de fora da área, mas o guarda-redes voou para parar o remate. O recém-entrado Álvarez (65′) e Stones (67′) também tentaram, sem sucesso. A resposta pertenceu, uma vez mais, a Garnacho, que viu Ortega negar-lhe o bis.
Perante a superioridade do Manchester City nessa fase, Ten Hag refrescou a equipa e colocou Evans e Højlund, na tentativa de conseguir segurar a bola. Contudo, os citizens continuaram mais perigosos e, aos 77 minutos, Onana voltou a parar um remate de longe de Walker. A poucos minutos do fim, Doku recebeu na esquerda, puxou para dentro e, de pé direito, atirou rasteiro para o golo que relançou a partida. No tempo de compensação, o treinador neerlandês jogou com o cronómetro e a sua equipa conseguiu segurar a vantagem até ao apito final de Andy Madley.
Jérémy Doku a reduzir e vamos ter jogo até ao fim ????#sporttvportugal #TAÇAnasporttv #FACup #taçadeInglaterra #manchestercity #manchesterunited pic.twitter.com/NdubAXJCCY
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Com a vitória consumada, o Manchester United terminou a temporada com um troféu conquistado: a Taça de Inglaterra, naquela que foi a segunda conquista da era-Ten Hag que, na época passada, ergueu a Taça da Liga. Com este triunfo, os red devils somaram a 13.ª Taça do seu palmarés e estão agora a um troféu do Arsenal, a equipa mais titulada.