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“O Hamas agradece o vosso serviço”. O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Israel Katz, partilhou nas suas redes sociais um curto vídeo onde, com sarcasmo, “agradece” a Espanha por ter anunciado o reconhecimento do Estado Palestiniano. A mensagem dirige-se, precisamente, a Pedro Sánchez, chefe do governo espanhol, que é “identificado” na publicação.

A composição em vídeo alterna entre imagens de um casal de bailarinos de flamenco e vídeos do ataque de 7 de outubro. Nesse dia, o Hamas lançou um ataque sem precedentes em solo israelita, no qual matou cerca de 1.200 pessoas e fez cerca de 250 reféns. Israel afirma que cerca de 100 reféns ainda estão detidos em Gaza, juntamente com os corpos de cerca de 30 outros.

Poucas horas depois, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Espanha classificou como “escandaloso e execrável” uma montagem em vídeo divulgado pelo homólogo israelita com imagens do atentado de 7 de outubro misturadas com duas pessoas a dançar flamenco.

“Eu vi o vídeo, ainda antes de viajar para Bruxelas […], é escandaloso e execrável. Todo o planeta sabe, incluindo o meu colega israelita que nós condenámos o Hamas e as suas ações”, disse José Manuel Albares, em conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro da Autoridade Palestiniana, Mohammad Mustafa, em Bruxelas (Bélgica).

Além de Espanha, também Irlanda e Noruega anunciaram a intenção de reconhecer o Estado palestiniano, o que deve acontecer esta terça-feira. O governo israelita insurgiu-se contra esta decisão, considerando que revela “estupidez” dos líderes destes países.

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