Ângelo Pereira, vereador da Câmara de Lisboa e presidente da distrital do PSD, foi constituído arguido no âmbito do processo Tutti-Frutti esta terça-feira, avança a CNN Portugal. A estação de televisão sabe que o autarca, com os pelouros da Segurança, Proteção Civil e Desporto, consultou os autos do processo de corrupção autárquica no DIAP de Lisboa. O Observador tentou contactar o visado e a assessoria da Câmara Municipal de Lisboa para obter uma reação, mas até ao momento não obteve resposta.
Segundo o canal de televisão, nos últimos meses foram constituídos mais de 20 arguidos. Na semana passada, foram enviados à Assembleia da República pedidos formais de levantamento de imunidade parlamentar de Luís Newton, de Carlos Eduardo Reis e de Margarida Saavedra. Em causa está a imputação dos crimes de corrupção aos deputados do PSD. Na lista da autarquia de Lisboa, Saavedra sucede, entre candidatos eleitos pelo PSD, a Ângelo Pereira, agora constituído arguido.
Operação Tutti-Fruti. MP quer imputar crimes de corrupção a dois deputados do PSD
Desde o início do ano que a PJ tem acelerado o ritmo de inquirições de testemunhas e interrogatórios de arguidos. Já era expectável que as autoridades continuassem, nas próximas semanas, a chamar mais suspeitos e a constituir arguídos. A Operação Tutti Fruti tem um número significativo de inquéritos, sendo que um determinado conjunto visa autarcas do PSD, enquanto que outro grupo de inquéritos visa autarcas do PS.
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No dia 12 de maio, o vereador da Cultura da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Diogo Moura, suspendeu o mandato, a pedido do presidente da autarquia, Carlos Moedas, dias depois de ter sido acusado do crime de fraude em eleições internas do CDS-PP. O líder da autarquia assumiu as funções do vereador suspenso.
