O preço do gás europeu subiu esta segunda-feira mais de 10%, impulsionado pelo encerramento de um gasoduto que liga a Noruega ao Reino Unido, com a Europa a continuar dependente do abastecimento norueguês.

Às 11h15 TMG (mais uma hora em Lisboa) desta segunda-feira, o contrato de futuros do TTF, considerado a referência europeia do gás natural, estava a ser negociado a 37,69 euros por megawatt hora (MWh), pouco depois de ter subido 13% e atingido o nível mais alto do ano, a 38,70 euros.

“Há problemas operacionais na plataforma Sleipner Riser”, um ponto de ligação do gasoduto submarino Langeled que liga a unidade de processamento de gás de Nyhamna, no oeste da Noruega, ao terminal de Easington, no centro-leste do Reino Unido, disse à AFP Randi Viksund, diretora de comunicação do operador norueguês Gassco.

“São necessárias reparações. Em consequência disso, Langeled foi fechado, o que levou a reduções no sistema” de distribuição de gás, acrescentou.

A redução nos volumes foi de 29,7 milhões de m3 no domingo e deverá ser de 56,7 milhões de m3 esta segunda-feira.

“Não há entregas para Easington”, precisou Viksund, mas as de St. Fergus na Escócia não foram afetadas.

Na sequência da guerra na Ucrânia, a Noruega tornou-se o principal fornecedor de gás natural da Europa, que reduziu a sua dependência energética da Rússia.

O TTF está atualmente no nível mais alto desde dezembro de 2023. Os preços, no entanto, permanecem bem abaixo dos que foram registados logo após a invasão russa da Ucrânia, em fevereiro de 2022.

“Estamos a trabalhar num plano para reparar os estragos” na plataforma Sleipner Riser, indicou Randi Viksund.

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