É um dos nomes mais caracteristicamente britânicos que o futebol já conheceu. Billy Gilmour, que é mesmo Billy no documento de identificação e não tem outro nome que tenha sido abreviado, foi o melhor elemento da Escócia no empate desta quarta-feira contra a Suíça. O jovem médio, que não tinha sido titular contra a Alemanha, jogou e fez jogar e é o verdadeiro motor de uma equipa que continua a sonhar.

Afinal, a equipa dos Big Mc não é um queijo suíço (a crónica do Escócia-Suíça)

Com a igualdade de Colónia e com a Alemanha já apurada, com duas vitórias e seis pontos, Suíça e Escócia mantêm as chances de chegar aos oitavos de final. Os suíços partem em vantagem, com quatro pontos, e só precisam de empatar com os alemães na última jornada para seguir em frente; já os escoceses, com um ponto, podem perfeitamente ser um dos melhores terceiros se derrotarem a Hungria na próxima partida.

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Aos 23 anos, Billy Gilmour é tido como o futuro da Escócia. Nascido em Irvine, uma cidade costeira, é filho de um oficial da Marinha que também jogou futebol enquanto adolescente. Deu os primeiros passos no Celtic, mas depressa entrou nas camadas jovens do Rangers, de onde em 2017 saltou para o Chelsea. Terminou a formação nos blues e estreou-se pela equipa principal em julho de 2019, pela mão de Frank Lampard, mas acabou por ser emprestado ao Norwich — já depois de ainda participar na Liga dos Campeões de 2021, o que faz dele um campeão europeu.

No verão de 2022, ciente da pouca utilização que teria em Stamford Bridge, aceitou uma transferência a título definitivo para o Brighton. Fez 58 jogos nas últimas duas temporadas, sem marcar qualquer golo, mas não deixou de merecer a confiança da seleção escocesa, onde leva 27 internacionalizações e um golo, sendo que também já tinha estado no Euro 2020.

“Sabíamos que tínhamos de recuperar depois da última exibição e isso colocou-nos num sítio bom. Estivemos bem esta noite e agora estamos concentrados no próximo jogo. Somos uma boa equipa, conhecemos as nossas qualidades e a exibição de hoje foi mais parecida com as exibições que temos visto. A Alemanha é uma equipa de topo, um adversário duro, e acho que hoje colocámos em campo tudo aquilo que tínhamos e deu para ver isso nas reações dos rapazes. Acreditámos. Trabalhámos depois do primeiro jogo, concentrámo-nos na Suíça para ter a certeza de que fazíamos a coisa certa. E fomos mais como nós”, explicou o jogador na zona de entrevistas rápidas.