A Lamborghini continua no processo de electrificar os seus modelos. Depois do sucessor do Aventador, o Revuelto, um imponente coupé com motor V12, e do Urus, SUV que é simultaneamente desportivo e familiar, eis que se aproxima o momento de conhecer o substituto do Huracán, o coupé mais acessível mas não menos nobre, uma vez que até aqui contava com o 5.2 V10 atmosférico com 640 cv, que o levava até aos 100 km/h em 3,2 segundos, para depois continuar alegremente até aos 325 km/h. Para saciar a fome dos fãs da marca, o CEO Stephan Winkelmann resolveu partilhar alguns pormenores técnicos sobre o novo desportivo, ainda antes da sua apresentação mundial.
Lamentavelmente, o 5.2 V10 atmosférico desaparece, mas rapidamente se ultrapassa o desaparecimento de um dos mais reputados motores de desportivos desta bitola, dado que no seu lugar (em posição central traseira) é montado o já conhecido 4.0 V8 biturbo, que debita 800 cv. De recordar que este motor é capaz de girar até às 10.000 rpm, com a potência máxima a chegar entre as 9000 e as 9750 rpm.
Mas o V8 biturbo a gasolina não é o único motor a bordo, pois o sucessor do Huracán deverá recorrer a mais três motores eléctricos. Um será instalado entre o motor e a caixa de velocidades, para os restantes dois estarem associados a cada uma das rodas anteriores, elevando a potência total para 900 cv, ou seja, mais 260 cv do que na versão actual do Huracán. De caminho, o modelo ganha quatro rodas motrizes, a capacidade de optimizar o comportamento ao recorrer à vectorização do binário e aproximar-se das performances do Revuelto, o sucessor do Aventador com 1015 cv, que anuncia 0-100 km/h em 2,5 segundos e uma velocidade máxima de 350 km/h.