As autoridades dos EUA identificaram mais de 400 migrantes que viajaram nos últimos três anos para o país,  oriundos da Ásia Central, através de uma rede de tráfico ligada ao Estado Islâmico (EI), disseram funcionários governamentais.

Cerca de 150 destes 400 migrantes classificados como “pessoas de interesse” já foram presos, detalha um relatório ao qual a agência norte-americana NBC teve acesso e segundo o qual se desconhece o paradeiro de cerca de 50.

As autoridades esclareceram, no entanto, que não existem indícios de que estas pessoas, que entraram nos EUA pela fronteira sul, representem uma ameaça à segurança nacional.

O secretário de Segurança Nacional, Alejandro Mayorkas, não confirmou a informação, quando questionado sobre o relatório, em conferência de imprensa, mas esclareceu que quem tiver vínculos com o referido grupo terrorista será considerado uma ameaça à segurança pública.

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A NBC infirmou, no início de junho, que o Departamento de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE) deteve oito pessoas do Tajiquistão por terem possíveis ligações ao Estado Islâmico. Esses indivíduos, esclareceu Mayorkas, já estão em processo de deportação para o seu país.

A gestão da imigração tornou-se numa das principais preocupações dos eleitores norte-americanos antes das eleições presidenciais de 5 de novembro.

O antigo presidente e novamente candidato republicano, Donald Trump, redobrou a sua retórica xenófoba durante o atual ciclo eleitoral, classificando todos os migrantes que chegam à fronteira sul do país como “criminosos”.

Por sua vez, o atual presidente, o democrata Joe Biden, decidiu tomar medidas duras de limitação de acesso a asilo na fronteira com o México.