O ex-presidente norte-americano Barack Obama saiu esta sexta-feira em defesa do atual chefe de Estado, Joe Biden, juntamente com a ex-candidata presidencial Hillary Clinton, após duras criticas à performance do candidato democrata no debate de quinta-feira.

Más noites de debate acontecem. Confiem em mim, eu sei. Mas esta eleição ainda é uma escolha entre alguém que lutou pelas pessoas comuns durante toda a sua vida e alguém que só se preocupa consigo mesmo”, escreveu Obama na plataforma X, numa comparação entre Biden e o seu adversário republicano, Donald Trump.

“Entre alguém que fala a verdade; que distingue o certo do errado e o dirá diretamente ao povo americano – e alguém que mente descaradamente para seu próprio benefício. A noite passada não mudou isso, e é por isso que há tanta coisa em jogo em novembro”, concluiu.

Também a ex-secretária de Estado norte-americana e antiga candidata democrata à presidência, Hillary Clinton, mostrou esta sexta-feira o seu apoio público ao atual candidato do seu partido às eleições de novembro.

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“A escolha nesta eleição continua a ser muito simples. É uma escolha entre alguém que se preocupa com você —  com os seus direitos, as suas perspetivas, o seu futuro — versus alguém que só está nisto por si mesmo. Vou votar em Biden”, assumiu a veterana política, igualmente na plataforma X.

Biden viu enfraquecida a sua candidatura às eleições de novembro após se ter apresentado com problemas de voz, respostas incoerentes e lapsos verbais no primeiro frente-a-frente com Trump em quatro anos, uma performance que conseguiu ofuscar as cerca de 30 falsas afirmações — segundo contagem da CNN — que o rival republicano apresentou num registo calmo e confiante.

A questão da idade dos candidatos – especialmente os 81 anos de Biden — tem estado em destaque nos últimos meses, com o atual chefe de Estado a ser alvo frequente de troça por parte do seu oponente de 78 anos.

Biden, que é o Presidente em exercício mais velho da história norte-americana, tinha o desafio de demonstrar durante o debate a sua capacidade física e mental para derrotar Trump e liderar o país por mais quatro anos.

Contudo, a tarefa mostrou-se difícil, perante um Trump contido e imperturbável, mas que recorreu a afirmações falsas várias vezes ao longo do debate.

Esta sexta-feira, durante um evento de campanha na Carolina do Norte, o Presidente norte-americano admitiu não falar, nem debater, “tão bem como antes”, mas advogou estar apto para mais quatro anos de mandato.