Em setembro do ano passado, depois de uma goleada num particular contra o Japão que se seguiu à eliminação na fase de grupos do Mundial do Qatar, Hansi Flick foi despedido do comando da Alemanha. A toda-poderosa, a quatro vezes campeã do mundo e três vezes campeã da Europa, parecia perdida entre o fim de uma geração e o início de outra que ainda não tinha sido encontrada. Mas os alarmes soaram cedo demais.

Quando a chuva passou e o tempo abriu, eles abriram a janela e viram o sol (a crónica do Alemanha-Dinamarca)

Menos de um ano depois, agora com Julian Nagelsmann, a Alemanha está nos quartos de final do Euro 2024. Apesar de não demonstrar o futebol dominador e compressor de outros tempos, é competente, eficaz e pragmática e venceu a Dinamarca depois de ter ultrapassado a fase de grupos com duas vitórias e um empate. Esta é a sexta vez em oito participações em que os alemães chegam aos quartos de final de um Europeu, desde que essa fase existe, e é preciso recuar a 2008 para encontrar a seleção germânica a marcar 10 ou mais golos numa única edição da competição.

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Adicionalmente, a Alemanha conta também com um dos melhores marcadores da prova, já que Jamal Musiala fez o terceiro golo no Euro 2024 contra a Dinamarca e igualou Georges Mikautadze, o avançado da Geórgia que também tem três golos (um deles, aliás, a Portugal). De forma global, os alemães tornaram-se os primeiros a atingir as 30 vitórias em Europeus, distanciando-se das 24 de Espanha, das 22 de Itália e França e ainda das 21 de Portugal e dos Países Baixos.

Do lado da Dinamarca, os escandinavos saem do Campeonato da Europa sem terem conseguido alcançar qualquer vitória, algo que aconteceu pela quarta vez, e caem nos oitavos de final depois de terem chegado às meias-finais na última edição, no Euro 2020. A equipa de Kasper Hjulmand marcou apenas dois golos e sofreu quatro, realizando uma prestação bem abaixo do expectável.