Cristiano Ronaldo está a ser acusado de marketing de emboscada (“ambush marketing”, em inglês), depois de terem sido partilhados dados da sua frequência cardíaca durante o penáltis do jogo frente à Eslovénia (vitória por 3-0). O capitão da Seleção portuguesa é embaixador e investidor da Whoop, empresa americana de performance desportiva.

De acordo com a empresa, os dados biométricos de Ronaldo foram monitorizados com base numa pulseira inteligente que custa 229 libras (cerca de 270 euros) por ano. Os dados permitem observar que o avançado “entrou em estado de fluxo e diminuição da frequência cardíaca” pouco tempo antes de cobrar a primeira grande penalidade de Portugal, com menos de 100 batimentos por minuto.

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No final do prolongamento, a frequência cardíaca do jogador de 39 anos atingiu o pico de mais de 180 batimentos por minuto e, depois da queda provocada pelo seu penálti, voltou a atingir os 180 batimentos quando Bernardo Silva cobrou o penálti da vitória.

Para Ricard Fort, antigo diretor de marketing de Visa e Coca-Cola, Ronaldo e a Whoop foram autores de “marketing de emboscada” para com a marca “Euro-2024”, considerando esse gesto “ilegal”. Fort foi mais longe e pediu para “o jogador e a empresa serem multados”.

Virgil van Dijk, capitão dos Países Baixos, também é patrocinado pela empresa de performance, e os seus dados também têm sido difundidos pela empresa, que em momento algum refere a competição da UEFA. “Cada momento de preparação é importante. O que achas que Van Dijk estava a ouvir na caminhada pré-jogo? Seja o que for, funcionou. Próxima paragem: quartos de final!”, escreveu a Whoop.