João Cotrim Figueiredo disse, em entrevista à Rádio Observador na Convenção, que não só está confortável com o facto de Rui Rocha se apropriar do seu resultado nas Europeias como exigiu que assim fosse. O eurodeputado da IL diz que o trabalho foi coletivo e que “não existe marca Cotrim”. Apesar de admitir que tinha alguma notoriedade e um estilo próprio, tenta desvalorizar o seu feito ao dizer que nas Europeias “não tinha propriamente os adversários mais difíceis do mundo.”

O antigo líder da IL admite que “pela primeira vez, a Iniciativa Liberal decidiu personalizar a campanha”, o que “não foi uma decisão fácil” e que tomou a “contra-gosto”. O eurodeputado diz que “só fora do partido” é que dizem que é uma sombra que paira sobre Rui Rocha.

Relativamente à sua candidatura à presidência do grupo Renew, Cotrim diz que não durou duas horas, mas que foi uma hipótese desenhada “entre sexta-feira e segunda-feira”. O liberal diz que “se achou útil o ALDE ter uma candidato próprio, já que representa dois terços do grupo Renew”. Quanto ao facto de ter desistido dessa candidatura à presidência do grupo dos liberais do Parlamento Europeu, diz que foi “verdinho”, uma vez que achou que “o apoio da direção do ALDE seria suficiente”. E não foi.

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