A Boeing vai declarar-se culpada da acusação de fraude criminal resultante de dois acidentes com o 737 Max, após o Governo norte-americano descobrir que a empresa violou um acordo, afirmou no domingo o Departamento de Justiça.

Os procuradores federais deram à Boeing a opção, esta semana, de se declarar culpada e pagar uma multa, como parte da sentença, ou enfrentar um julgamento com a acusação criminal de conspiração para defraudar os Estados Unidos.

O acordo judicial, que ainda deve ter a aprovação de um juiz federal para entrar em vigor, prevê que a Boeing pague uma multa adicional de 243,6 milhões de dólares (224,9 milhões de euros). Trata-se do mesmo montante que a empresa pagou no âmbito do acordo de 2021, que o Departamento de Justiça afirmou que a empresa violou.

Este acordo judicial abrange apenas as infrações cometidas pela Boeing antes dos dois acidentes, que provocara a morte de todos os 346 passageiros e membros da tripulação a bordo de dois novos aviões Max durante um voo da Alaska Airlines em janeiro, referiu um funcionário do Departamento de Justiça citado pela agência Associated Press

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Não atribui imunidade à Boeing por outros acidentes, incluindo a explosão de um painel de um avião Max durante um voo da Alaska Airlines em janeiro, referiu um funcionário do Departamento de Justiça citado pela agência Associated Press.

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Os promotores federais alegaram que a Boeing cometeu conspiração para defraudar o Governo ao enganar os reguladores sobre um sistema de controlo de voo que estava implicado nos acidentes, que ocorreram na Indonésia, em outubro de 2018, e na Etiópia, menos de cinco meses depois.

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Como parte do acordo de janeiro de 2021, o Departamento de Justiça disse que não processaria a Boeing se a empresa cumprisse determinadas condições ao longo de três anos.

Mas no mês passado, os procuradores alegaram que a Boeing violou os termos desse acordo.