Nos seis primeiros meses do ano ocorreram 1.812 incêndios rurais, o número mais baixo desde 2014, segundo o primeiro relatório provisório de 2024 do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF) divulgado esta segunda-feira.
Os mais de 1.800 fogos resultaram em 2.965 hectares (ha) de área ardida, o segundo valor mais reduzido dos últimos 10 anos, só superado no ano de 2016 com 1.853 hectares ardidos.
De acordo com os dados do ICNF, comparando os dados do primeiro semestre deste ano com o histórico dos 10 anos anteriores, ocorreram menos 60% de incêndios rurais e menos 80% de área ardida.
Do total da área ardida, entre 1 de janeiro e 30 de junho, 1.664 ha corresponderam a matos, 723 ha a áreas agrícolas e 577 hectares a povoamentos florestais.
Apenas três incêndios foram considerados, pelo ICNF, como grandes e ocorreram nos concelhos de Reguengos de Monsaraz (Évora), com 333 ha ardidos, Aljustrel, com 167 ha, e Castro Verde, com 115 ha, (ambos os concelhos no distrito de Beja). Estes três fogos sucederam em junho, o mês que teve o maior número de fogos e de área ardida.
Na classificação de incêndios grandes estão os que provocam uma área ardida igual ou superior a 100 hectares.
O ICNF indica que as causas mais comuns para o total de incêndios investigados (1.254) são as queimadas (20%) e o fogo posto (19%). Conjuntamente, as várias tipologias de queimas e queimadas representam 57% do total das causas apuradas, refere o relatório.
O maior número de incêndios ocorreu nos distritos do Porto (278), Braga (186) e Viana do Castelo (186), enquanto os distritos com mais área ardidas foram os de Viana do Castelo (657 ha), Braga (418 ha) e Évora (392 ha).
A maioria dos incêndios ocorreu em alturas de menor severidade meteorológica, indica o relatório