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Um atirador num telhado e os avisos ignorados. Os primeiros dados sobre os disparos que atingiram Trump

Atirador estava em cima de um telhado com uma AR-15, a 150 metros de Donald Trump, quando disparou contra o ex-Presidente dos EUA, e foi abatido pelas autoridades.

Siga aqui todo o noticiário sobre o atentado contra Donald Trump

O ex-Presidente Donald Trump foi alvejado em pleno comício eleitoral, em Butler, na Pensilvânia, quando discursava, num local aberto, para dezenas de pessoas. O FBI identificou Thomas Crooks, de 20 anos, como o atirador.

O FBI, que revelou estar a investigar o caso como uma “tentativa de assassinato do antigo Presidente”, está a tentar perceber qual o motivo do crime e se será ou não político.

O atirador colocou-se num telhado a 135 metros do palco onde Trump discursou, onde não havia nenhum elemento do Serviço Secreto, organismo responsável pela segurança do Presidente dos EUA e dos candidatos ao cargo. O facto de ter conseguido colocar-se naquele lugar elevado está a levantar várias dúvidas sobre uma possível falha de segurança.

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Um vídeo que já circulava nas redes sociais e começou, depois de verificado, a ser publicado pelas principais agências de notícias internacionais, como a Getty Images, mostra o corpo do atirador, depois de abatido pelas autoridades, e a arma ao lado. Nesse vídeo, e nas fotografias, consegue ver-se que o atirador estaria em cima desse telhado muito próximo do local do evento e com visibilidade total para Donald Trump.

Mas terão existido avisos sobre o suspeito. Uma testemunha que estava no comício de Trump disse à BBC que viu um homem rastejar para um telhado com uma espingarda, aproximadamente “cinco a sete minutos” após o início do discurso do ex-Presidente no comício, em Butler. “Vimos um homem a subir para telhado do prédio ao nosso lado, a 15 metros de nós”, disse a testemunha, que contou como alertou a polícia para a presença do homem.

“Como é que Trump ainda está a falar?”, pensou, antes de ouvir o que acredita terem sido quatro disparos.

Entretanto, circularam também já nas redes sociais imagens que mostram um outro ângulo do que aconteceu no comício da Pensilvânia: o momento em que os snipers do Serviço Secreto dos EUA, posicionados num outro telhado, dispararam sobre o suspeito do ataque, que estaria nesse outro telhado fora do recinto.

Segundo o The New York Times, o atirador não teria quaisquer antecedentes criminais conhecidos. Estaria registado como eleitor do Partido Republicano (nos EUA os eleitores podem registar-se como simpatizantes de determinado partido ou como independentes) e chegou a doar 15 dólares para um grupo ligado ao Partido Democrata, o Progressive Turnout Project.

EUA. Como funciona a segurança nos comícios

As primeiras informações da imprensa local revelam que Crooks se formou em 2022, na Bethel Park High School, e recebeu um prémio de mérito no valor de 500 dólares da National Math and Science Initiative, uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo melhorar o desempenho dos alunos nas disciplinas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática.

À imprensa norte-americana um jovem que andou na mesma escola de Thomas Crooks revelou que este tinha dificuldades a integrar-se e chegou a ser alvo de bullying na escola secundária. Tinha “um alvo nas costas”, disse Jason Kohler, ex-aluno de Bethel Park High School.

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