Um agente da polícia local de Butler tentou travar o jovem que atentou contra a vida do ex-Presidente Donald Trump mas, quando o polícia abordou o atirador, este apontou-lhe a arma que usaria para atingir Trump e o polícia abaixou- se caiu dos ombros do colega para onde subira. Momentos depois, começava o tiroteio.
Alertado por alguns dos presentes no local do comício de que havia um homem armado num telhado, o agente içou-se, subinho para cima dos ombros de um colega, para perceber se conseguiria avistar o suspeito e viu o jovem Thomas Crooks com a arma, contou ao Washington Post o xerife do condado de Butler, Michael Slupe. Não havia escadas de acesso ao telhado nem outro ponto de acesso.
De seguida, o atirador, apercebendo-se da presença do agente, apontou-lhe a arma (uma espingarda semi-automática). Agarrado à borda do telhado e sem possibilidade de pegar na sua arma, o agente viu-se obrigado a baixar-se.
O mapa que explica o que aconteceu no atentado contra Donald Trump
“Ele recuou porque não queria ser morto”, disse Slupe, acrescentando que o agente acabou por cair das costas do outro agente que o ajudou a empoleirar-se no telhado. Questionado sobre as acusações de cobardia que começaram a surgir dirigidos ao agente, o responsável pela polícia de Butler saiu em defesa do seu subordinado, garantindo que agiu da forma correta.
“Eu teria feito a mesma coisa, de certeza”, disse o xerife, à KDKA-TV, citado pela CBS. “As pessoas pensam que os agentes são super-homens, como se alguém pudesse pendurar-se no telhado com uma mão enquanto puxa uma arma para fora. Não funciona assim”, disse Slupe.
Embora o xerife acredite que houve uma falha de segurança, Slupe recusa apontar responsabilidades. “Não há uma entidade para culpar. Isto definitivamente tratou-se de uma falha. É muito cedo [para apurar responsabilidades]”, sublinhou o xerife Slupe, acrescentando que é necessário “deixar a investigação seguir o seu curso”.
O responsável pela polícia da cidade de Butler explicou que “não há apenas uma entidade responsável [neste tipo de eventos]; o Serviço Secreto desempenha um papel fundamental na proteção, neste caso, do ex-Presidente Trump, mas eles não agem sozinhos. O Serviço Secreto recebe apoio dos departamentos de polícia locais“, realçou. “Há um anel imediato em torno de Trump, que é assegurado pelo Serviço Secreto, mas depois, há um anel secundário mais longe, que é assegurado em grande parte pela polícia local e estadual. O agressor estava naquele anel secundário”, admitiu Slupe.
Instantes depois da breve interação entre o agente e o atirador Thomas Crooks, o jovem começou a disparar contra o comício de Trump, ferindo o ex-Presidente dos EUA e outras duas pessoas (que se encontram hospitalizados em estado grave) e matando um homem de 50 anos.