Afinal, foi cianeto. Desde o primeiro momento que a polícia afastou a possibilidade de um tiroteio e desconfiou de um envenenamento. Esta quarta-feira, confirmaram que os seis hóspedes de um hotel de luxo na capital da Tailândia morreram envenenados. A substância química foi encontrada nos corpos durante as autópsias e nas chávenas de chá e um bule no quarto onde estavam.

Seis mortos em alegado envenenamento num hotel de luxo em Banguecoque

Quando os seis corpos foram descobertos no Grand Hyatt Erawan em Banguecoque, esta terça-feira, surgiu a hipótese de um tiroteio. A polícia garantiu que não e explicou que, muito embora as mortes tivessem sido “provocadas”, procurando assim um sétimo elemento, o quarto estava intacto, sem sinais de intrusão e os pertences das vítimas não tinham sido roubados. Tudo indicava que os assassinatos teriam acontecido “desde o interior”, ou através de uma possível “saída secreta”, como avançou a Reuters, não havendo impressões digitais suspeitas.

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E com razão: as impressões digitais não levantaram suspeitas porque, muito provavelmente, não houve um sétimo elemento. Entre os mortos, estará o próprio assassino, divulgou a Reuters. A bandeja chegou ao quarto inalterada. Uma das seis pessoas terá envenenado tanto os líquidos, como as louças: “Depois de os funcionários terem trazido chávenas de chá e duas garrafas de água quente, leite e bules de chá… um dos seis introduziu cianeto”, garantiu Trirong Phiwpan, responsável pelo departamento de provas da polícia, à mesma agência noticiosa.

O envenenamento terá sido motivado por uma discussão sobre dívidas numa operação de investimento, explicou ainda a polícia tailandesa com base em entrevistas a familiares e amigos dos três homens e três mulheres.

Os seis eram de origem vietnamita, dois com nacionalidade norte-americana, tendo a investigação contado com o apoio do departamento federal de investigação dos Estados Unidos.